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1 | De er ikke Charlie: De torturerer, fængsler og slår journalister ihjel i deres egne lande | Eles não são Charlie: torturam, prendem e matam jornalistas nos seus próprios países |
2 | To millioner mennesker ankom til Paris til Marche Republicaine, organiseret af den franske regering imod terrorisme efter dobbeltangrebet onsdag og torsdag. | 2 milhões de pessoas foram a Paris para a ‘Marche Republicaine' organizada pelo Governo francês contra o terrorismo devido ao duplo ataque de quarta e quinta-feira. |
3 | 17 mennesker og tre terrorister døde. | 17 pessoas e 3 terroristas morreram. |
4 | Fotografi af Matteo Pellegrinuzzi. | Fotografia de Matteo Pellegrinuzzi. |
5 | Copyright: Demotix | Direitos de autor: Demotix |
6 | Alle links i denne artikel er på engelsk, medmindre andet er angivet. | Este artigo contém links que levam a outras páginas, inclusive noutros idiomas, caso queira aprofundar o assunto |
7 | Regeringsledere og politikere fra hele verden, særligt dem fra Mellemøsten og Nordafrika, kom i skudlinjen for deres dobbeltmoralske støtte af ytringsfriheden i Frankrig, samtidig med at de undertrykker frihed og fængsler og slår journalister ihjel i deres egne lande. | Líderes mundiais e políticos, particularmente os do Médio Oriente e do Norte de África, foram criticados pela sua hipocrisia ao apoiarem a liberdade de expressão em França, enquanto oprimem a liberdade, matam e prendem jornalistas, nos seus próprios países. |
8 | Mere end 40 af verdens ledere og højtstående embedsmænd og politikere fra hele verden sluttede sig til de omkring 1,6 mio. mennesker, der demonstrerede i Paris i dag (d. 11. januar) for at fordømme terrorangrebene mod det satiriske tidsskrift Charlie Hebdo og et kosher-supermarked. | Mais de 40 líderes mundiais, altos responsáveis e políticos de todo o mundo, juntaram-se a cerca de 1,6 milhões de pessoas que marcharam hoje em Paris [11 de Janeiro], para condenar os ataques terroristas à revista satírica ‘Charlie Hebdo' e a um supermercado kosher. |
9 | Angrebene, der forløb over tre dage, har efterladt 17 personer døde i Frankrig, herunder bladtegnere og politifolk. | O ataque, que durou três dias, deixou 17 pessoas mortas em França, incluindo caricaturistas e polícias. |
10 | Mere end 3,7 mio. mennesker skønnes at have demonstreret over hele landet i dag, hvilket gør demonstrationerne til de største i landets historie. | Estima-se que mais de 3,7 milhões de pessoas tenham marchado hoje por todo o país, fazendo destas as maiores manifestações na história da nação. |
11 | Lignende, men mindre, solidaritetsmøder blev afholdt i Kairo, Beirut, New York og Madrid, for at nævne et par stykker, for at støtte ytringsfriheden. | Em menor número foram realizadas manifestações semelhantes de solidariedade de apoio à liberdade de expressão no Cairo, Beirute, Nova Iorque e Madrid, entre outras. |
12 | Beirut #Lebanon, første arabiske by, der afholder #JeSuisCharlie-forsamling i dag. | Beirute, Líbano, 1ª cidade árabe a organizar uma manifestação #JeSuisCharlie hoje. |
13 | Billeder lægges ud på Twitter på Samir Kassir sq pic.twitter.com/wE3rO7OW6G | Fotos da Praça Samir Kassir publicadas no Twitter |
14 | Tilstedeværelsen af verdensledere i spidsen for den parisiske demonstration, som startede på Place de la Republique og sluttede på Place de la Nation, og i hvilken demonstranterne råbte liberté (frihed) og Charlie, blev stærkt kritiseret på de sociale medier, særligt fordi nogle af de ledere er blandt verdens værste undertrykkere af ytringsfriheden. | A presença de líderes mundiais à frente da manifestação de Paris, que começou na Place de la Republique e terminou na Place de la Nation, e onde os manifestantes entoaram ‘liberté' (liberdade) e ‘Charlie', suscitou muitas críticas nas redes sociais, principalmente por alguns desses líderes estarem entre os maiores transgressores da liberdade de expressão do mundo. O escritor egípcio Mohamed El Dahshan tweetou a sua objecção aos seus 44,7 mil seguidores no Twitter: |
15 | Den ægyptiske forfatter Mohamed El Dahshan tweeter sin protest til sine 44.700 følgere på Twitter: | A presença de líderes israelitas e do Barém numa demonstração “anti-terrorismo” torna-a sem sentido. Terrorismo de Estado deve ser rejeitado! |
16 | Spanske David Karvala bemærker: | O espanhol David Karvala escreve: |
17 | Paris protesterer mod angrebet, der dræbte 17 uskyldige mennesker, hånd i hånd med Netanyahu, der dræber tusindvis. | Paris protesta contra o ataque que matou 17 pessoas inocentes de mãos dadas com Netanyahu, que mata milhares “Freedom Prayers”, do Barém, relembra os leitores o que espera os manifestantes em casa: |
18 | | Os representantes oficiais do Barém que hoje demonstram apoio ao Charlie Hebdo só têm isto a oferecer aos que buscam a liberdade de expressão em casa |
19 | | Os representantes do Barém caminham por Charlie Hebdo, em Paris mas disparam contras as pessoas no seu país por falarem |
20 | #CharlieHebdo pic.twitter.com/9KQtcRkKha | E Dima Eleiwa, de Gaza, Palestina, explica: |
21 | Freedom Prayers (Frihedsbedende), fra Bahrain, minder læsere om, hvad der venter demonstranter derhjemme: | Iremos contar aos nossos filhos histórias surpreendentes sobre a manifestação de hoje. |
22 | Embedsmænd fra #Bahrain, der udviser støtte til #CharlieHebdo i dag, har kun dette til ytringsfrihedsforkæmpere derhjemme: pic.twitter.com/T2AultiBq3 | Terroristas e aqueles que suprimem a liberdade de expressão tomaram parte de uma manifestação contra o terrorismo e de apoio à liberdade de expressão! |
23 | Embedsmænd fra #Bahrain går for #CharlieHebdo i Paris, men skyder folk derhjemme for at udtale sig pic.twitter.com/59QgYUaZVf | O Repórteres Sem Fronteiras (RSF) descreveu os líderes mundiais presentes no evento como “predadores,” e a sua presença chocante. |
24 | Og Dima Eleiwa, fra Gaza, Palæstina, forklarer: | Emitiu um comunicado em que dizia: |
25 | | Com que fundamento vêm a Paris representantes de regimes que actuam como predadores da liberdade de imprensa prestar tributo a Charlie Hebdo, uma revista que sempre defendeu o conceito mais radical de liberdade de expressão? |
26 | | O Repórteres Sem Fronteiras está chocado com a presença de líderes de países onde jornalistas e bloggers são sistematicamente perseguidos, tais como o Egipto (classificado no 159º lugar entre os 180 países que fazem parte do Índice de Liberdade de Imprensa do RSF), Rússia (148º), Turquia (154º) e Emirados Árabes Unidos (118º). |
27 | Vi vil fortælle vores børn ufattelige historier om dagens demonstration. | Mesmo antes do início da manifestação, o palestiniano Yousef Munayyer tweetou aos seus 22,2 mil seguidores: |
28 | | Esta manifestação em Paris está a tornar-se no ‘quem é quem' dos líderes mundiais que silenciaram os seus próprios jornalistas |
29 | Terrorister og dem, der undertrykker ytringsfriheden, deltog i en demonstration imod terrorisme og til støtte for ytringsfriheden! | Daniel Wickham, um blogger do Reino Unido, fez uma pesquisa e partilhou uma lista impressionante dos ‘infractores' presentes na manifestação: |
30 | Journalister uden Grænser beskrev verdenslederne til begivenheden som “rovdyr”, hvis tilstedeværelse var forfærdende. | Aqui estão alguns dos fiéis defensores de uma imprensa livre a participar na manifestação de solidariedade hoje em Paris… |
31 | De udsendte følgende erklæring: | Entre eles estão: |
32 | På hvilket grundlag kommer repræsentanter for regimer, der jagter ytringsfriheden, til Paris for at hylde Charlie Hebdo, en publikation, der altid har forsvaret ytringsfriheden i sit mest radikale format? | 1) Rei Abdullah da Jordânia, que no ano passado sentenciou um jornalista palestiniano a 15 anos de prisão com trabalhos forçados 2) O Primeiro-Ministro Davutoglu, da Turquia, que aprisiona mais jornalistas que qualquer outro país do mundo |
33 | Journalister uden Grænser er forfærdet over tilstedeværelsen af ledere fra lande, hvor journalister og bloggere bliver systematisk forfulgt, såsom Ægypten (som rangerer 159 ud af 180 lande i Journalister uden Grænsers pressefrihedsindex), Rusland (148), Tyrkiet (154) og De Forenede Arabiske Emirater (118). | 3) O Primeiro-Ministro Netanyahu, de Israel, cujas forças mataram 7 jornalistas em Gaza no ano passado (segundo maior depois da Síria) 4) O Ministro dos Negócios Estrangeiros Shoukry, do Egipto, que assim como funcionários da Al Jazeera prendeu o jornalista Shawkan durante cerca de 500 dias |
34 | Selv før demonstrationen startede, tweetede palæstinensiske Yousef Munayyer til sine 22.200 følgere: | 6) O Ministro dos Negócios Estrangeiros Lamamra, da Algéria, que deteve o jornalista Abdessami Abdelhai por 15 meses sem acusação |
35 | Den britisk-baserede blogger Daniel Wickham gør sit hjemmearbejde og deler en imponerende liste over “gerningsmændene” til demonstrationen: Blandt dem er: | 7) O Ministro dos Negócios Estrangeiros dos Emirados Árabes Unidos, que em 2013 manteve um jornalista incomunicável durante um mês sob suspeita de ligações à Irmandade Muçulmana |
36 | | 8) O Primeiro-Ministro Jomaa da Túnisia, que recentemente prendeu o blogger Yassine Ayan por 3 anos por “difamar o exército” |
37 | | 14) O Ministro dos Negócios Estrangeiros do Barém, o 2º carcereiro de jornalistas do mundo per capita (eles também os torturam) |
38 | 14) Udenrigsministeren fra Bahrain, andenstørste fængsler af journalister i verden per indbygger (de torturerer dem også) http://t.co/HX6Q3Ia3lG | 15) O Sheikh Mohamed Ben Hamad Ben Khalifa Al Thani of Qatar, que prendeu um homem durante 15 anos por ter escrito o poema “Jasmine” |
39 | | 16) O presidente Palestiniano Mahmoud Abbas, que mandou prender vários jornalistas por o terem insultado em 2013 |
40 | 21) Saudi Arabiens ambassadør i Frankrig. | 21) O embaixador da Arábia Saudita na França. |
41 | Saudiaraberne piskede offentligt bloggeren @raif_badawi for at “fornærme Islam” i fredags http://t.co/ZTlPCGa6u5 | Os Sauditas açoitaram publicamente na sexta-feira o blogger @raif_badawi por “insultar o Islão” Wickham reserva também duas menções especiais a transgressores que não foram convidados para a marcha: |
42 | Wickham reserverer også to særlige omtaler til de undertrykkere, der ikke var inviteret til optoget: | Ah, e o presidente Assad também condenou o ataque ao Charlie Hebdo. Sinceramente, não creio que isto precise de mais algum comentário. |
43 | Se dette Storify-link udarbejdet af Tom Etty for en komplet liste over “gerningsmændende”. | Mais hipocrisia: o Hamas condena o ataque ao Charlie Hebdo, mas espancam jornalistas em Gaza e aprovam massacres na sinagoga. |
44 | Iyad El-Baghdadi, som var fængslet og landsforvist fra De Forenede Arabiske Emirater, tilføjede yderligere et par punchlines til sin Manual for Arabiske Tyranner, som han begyndte at skrive efter begyndelsen på det såkaldte Arabiske Forår. | Para uma lista completa dos “predadores” consulte este link do Storify, compilado por Tom Etty. Iyad El-Baghdadi, que foi preso e exilado dos Emirados Árabes Unidos, conseguiu mais algumas tiradas para adicionar ao seu “Manual do Tirano Árabe”, que começou a escrever depois da chamada ‘Primavera Árabe'. |
45 | Blandt dem er: | Entre elas está: |
46 | Tyrkiske Zeynep Tufekci minder os om, hvordan verdens ledere kun sætter deres interesser forud for spørgsmål. | Participar numa marcha pacífica para denunciar o terrorismo, depois voltar a casa e oprimir algumas pessoas em nome da luta contra o terrorismo. Manual do Tirano Árabe |
47 | | A turca Zeynep Tufekci lembra-nos de como os líderes mundiais põem os seus interesses à frente dos assuntos com os quais aparentam preocupar-se, como a liberdade de expressão: |
48 | Ytringsfrihed har ingen betydning for dem: | Hoje os líderes ocidentais marcham pela “liberdade de expressão”. |
49 | | Amanhã, vão assinar acordos com aqueles que açoitam o blogger saudita Raif Badawi por “insultar o Islão.” |
50 | Hun forklarer sin pointe yderligere: | Ela esclarece o seu comentário: |
51 | | O mundo muçulmano não tem falta de heróis que lutam pela liberdade de expressão. |
52 | | Tem falta de apoio do ocidente, que está mais interessado em vender armas e petróleo. |
53 | Og der blev også uddelt sarkasme. | O sarcasmo também foi partilhado. |
54 | Giray Özil tweeter: | Giray Ozil tweetou: |
55 | Palæstinensiske Ali Abunimah siger til sine 57.700 følgere: | Todos os olhos à procura de Kim Jong-un na manifestação para a liberdade de expressão em Paris. |
56 | Syriske Rafif Jouejati reflekterer: | Todos os outros estão lá. |
57 | Måske vil #Assad bekendtgøre en #JeSuisCharlie-demonstration i #Syrien | O palestiniano Ali Abunimah diz aos seus 57,7 mil seguidores: |
58 | | O rei e a rainha da Jordânia foram a Paris, mas não a Gaza. |
59 | | Isto deve querer dizer que a Jordânia acha que o aconteceu em Paris é muito pior que o banho de sangue em Gaza. |
60 | Og ægyptiske Guebara bemærker sarkastisk: | O sírio Rafif Jouejati pondera: |
61 | Abu Bakr Al Baghdadi deltager i den parisiske demonstrationen mod terrorisme | Talvez Assad vá decretar uma marcha #JeSuisCharlie na Síria E o egípcio Guebara sarcasticamente salienta: |
62 | Ifølge Washington Post, er der dukket en syv-minutters video op i dag, hvor en af terroristerne, som angreb kosher-supermarkedet, posthumt hævder, at IS har ansvaret for angrebet. | Abu Bakr Al Baghdadi está a participar na manifestação em Paris contra o terrorismo De acordo com o Washington Post, surgiu hoje um vídeo de sete minutos, em que um dos terroristas que atacou o supermercado kosher, reivindicava postumamente a responsabilidade do Estado Islâmico (EI) pelo ataque. |
63 | I videoen lover Amedy Coulibaly troskab til IS-leder Al Baghdadi. | No vídeo, Amedy Coulibaly jura fidelidade ao líder do EI, Al Baghdadi. |