Sentence alignment for gv-mlg-20110324-15293.xml (html) - gv-por-20110327-19238.xml (html)

#mlgpor
1Ny mpandika teny Global Voices : Jean Saint-DizierTradutor do Global Voices: Jean Saint-Dizier
2Maro ireo mpandika lahatsoratra (an-tsitrapo) an'ny Global Voices amin'ny teny frantsay no manao izany amin'ny fahafinaretana, amin'ny fitiavana vaovao sy ho an'izao tontolo izao, ary mananaraotra ihany koa mba ho tafita amin'ireo firenena maro samihafa ny dika atao amin'ny vaovao amina bilaogy.No Global Voices em Francês, tradutores voluntários decidem traduzir porque amam notícias, porque são interessados pelo mundo em geral, porque eles adoram traduzir. Tomam essa oportunidade para “visitar” quantos países diferentes lhes for possível ao traduzir posts para o francês.
3Um voluntário de nossa comunidade francófona, porém, toma para si todo e qualquer post sobre o Brasil com ciúme (uma única exceção: Iraque!): conheça Jean, também conhecido “Juan” [fr], que traduz por amor ao Brasil.
4Saingy ato amin'ny fikambananay mpandika miteny frantsay , misy olona iray mahafatra-po amin'ny fandikàna ireo lahatsoratra rehetra momba an'i Brezila (ankoatra an'i Irak iray!) ary mandika izany mivantana hatrany avy amin'ny Portigey : i Jean, antsoina hoe “Juan”, ary noho ny fitiavany an'i Brezila manokana izany.Uma pergunta já tradicional: como você descobriu o Global Voices em Francês e escolheu se tornar um voluntário? Jean Saint-Dizier: Provavelmente isso está relacionado à forma com que fui criado, meio hippie e meio utópica.
5Fanontaniana mahazatra: ahoana no nahitanao ny Global Voices sy ny nahatonga anao hanao mpandika teny?Continuo convencido de que todo mundo é lindo e gentil. Então, nessa perspectiva, a Internet é uma ferramenta extraordinária para conectar pessoas.
6Dessa maneira, podem conhecer umas as outras e podem se tornar um pouco melhores?
7Jean Saint Dizier : mety avy amin'ny fianarana nataoko, mahavariana, toy ny nofinofy.Eu amo as pessoas. Isso é tudo.
8É o motivo de que, quando encontrei o Global Voices em Francês enquanto surfava na Internet, pensei imediatamente: “Pronto.
9Encontrei minha casa”.
10Mbola mino foana aho fa tsara avokoa ny olona rehetra, mahafinaritra ny olona rehetra.Por que o Brasil? Por que essa paixão por traduções do português para o francês?
11JSD: Eu descobri o país por acaso, num dia de Natal, em 1984.
12Na França, eu era um jovem adulto totalmente desorientado, não tinha metas de vida, zero… E lá estava eu, a descobrir um país onde as pessoas eram como eu: relacionamentos humanos em primeiro lugar, gregários, multiculturais.
13A felicidade, apesar dos pesares, vinha primeiro… Claro, depois mudei um pouco essa primeira impressão, mas, naquela época, pensei de imediato: “Daqui eu não saio”.
14Você também deveria saber que foi lá que encontrei a pessoa que salvou minha vidas, em todos os sentidos, meu irmão, minha alma gêmea, com a beleza de saber que alguém como ele existia na Terra (mesmo que ele fosse fundamentalmente diferente de mim) e que ele era brasileiro, isso certamente me ajudou a sobreviver durante bocados difíceis da minha vida.
15Então fui em frente, quebrei todas as pontes e me tornei brasileiro.
16Tsy azo ihodivirana fa ny tranokala no fitaovana mahavariana iarahana miasa mba hampifanakaiky ny oMeu maior arrependimento na vida sempre será de não ter solicitado cidadania brasileira nessa época. O que você fez no Brasil?
17JSD: Passei dois anos em Fortaleza, no Ceará, onde ensinei francês na Aliança Francesa; e então me mudei para a ilha de Itaparica, em Salvador, na Bahia, onde fiz uma tentativa de me tornar um empreendedor e abri uma pousada (um pequeno hotel-restaurante), mas fui um fracasso!
18Três anos depois, retornei à Fortaleza, minha cidade, meu país, onde o sol nunca morre.
19Dez anos se passaram, e retornei à França.
20Nesse ínterim, conheci meu anjo da guarda, que é francesa - como eu; nós nunca escolhemos - e temos duas crianças lindas.
21O Brasil é uma sorte para o mundo e quero compartilhar isso com todo mundo.
22É um laboratório vivo que deve ser levado a sério, e sou extremamente que está nesse caminho de ser levado seriamente.
23Graças ao ex-presidente Lula, com certeza, mas não só ele, graças a todos os outros, e a todos os brasileiros que fazem de seu país a “possibilidade de uma ilha” para mim, um refúgio seguro em caso de um desastre pessoal ou coletivo.
24Você descobriu alguma coisa sobre o Brasil que antes desconhecia, enquanto traduzia para o Global Voices
25JSD: Sim, eu descobri algo sobre o qual não fazia ideia (e eu culpo os brasileiros um pouco por isso): a vitalidade dos movimentos sociais, que se mostrou na Internet no momento da campanha eleitoral de 2010.
26Como exemplo, a iniciativa lançada por Diego Casaes, Paula Góes e equipe, o Eleitor 2010, um site de monitoramento das eleições e dos candidatos.
27Na sua segunda vida francesa, o que você faz?
28JSD: Eu mesclei minha paixão por linguística e línguas com minhas paixão por pessoas, e hoje sou professor de francês para estrangeiros.
29Atualmente trabalho como treinador no sul da França, com imigrantes qe devem justificar um domínio mínimo de francês para serem aptos “a tentar” residência na França.
30Faço de tudo para treiná-los bem para o teste, para que possam ser deixados em paz pelo menos nessa questão.
31E pensar que o conceito de fronteira para mim é totalmente virtual…
32Existe algum lugar no Brasil seja particularmente querido para você?
33JSD: A praia do Mucuripe, em Fortaleza, porque foi lá onde tudo começou para mim.
34Embaixo de uma favela, localizada entre o Iate Clube e prédios burgueses, o Mercado dos Peixes e os estaleiros, onde são construídos e mantidos saveiros e jangadas.
35Ainda fico arrepiado sempre que me recordo de lá.