# | nld | por |
---|
1 | Mozambique: Schrijver Mia Couto ontvangt prestigieuze prijs na 30 jaar literatuur | Literatura de Mia Couto é reverenciada pelo Prêmio Camões |
2 | [Alle links verwijzen naar pagina's in het Portugees tenzij anders vermeld] | Os 30 anos de carreira do escritor Mia Couto, 57 anos, foram reconhecidos pela 25ª edição do Prêmio Camões de Literatura. |
3 | Mia Couto's drie decennia lange carrière is erkend op 27 mei 2013 met de 25ste Camões literatuurprijs, ter waarde van 100.000 euro, algemeen beschouwd als één van de meest prestigieuze prijzen voor Portugeestalige schrijvers. | A escolha do nome dele foi feita na cidade do Rio de Janeiro, na última segunda-feira, dia 27, concedendo a recompensa no valor de 100 mil euros a ele. |
4 | Met 23 boeken op zijn naam, onder andere romans, gedichten en kronieken, vertalingen in 22 talen, is Mia de tweede Mozambikaanse auteur die de prijs in ontvangst mag nemen, na José Craveirinha in 1991. | Autor de 23 livros entre romances, poemas e crônicas traduzidos para 22 idiomas, Mia tornou-se o segundo moçambicano a ganhar o prêmio, ao lado do poeta José Craveirinha que foi o vencedor em 1991. |
5 | Het literaire debuut van Mia kwam in 1983 met zijn eerste gedichtenbundel, Raiz de Orvalho. | A estreia de Mia na literatura aconteceu em 1983, com o livro de poesias Raiz de Orvalho. |
6 | Zijn eerst verschenen roman was Terra Sonâmbula (1992), gezien als één van de twaalf beste Afrikaanse boeken van de 20ste eeuw door het Internationale Boekenbeurs in Zimbabwe (2011). | O primeiro romance veio com Terra Sonâmbula (1992), considerado um dos doze melhores livros africanos do século XX. |
7 | Zijn werk beschrijft de geschiedenis van Mozambique na de koloniale periode, dekolonisatie en politieke onafhankelijkheid [en], zoals Pedro Puro Sasse da Silva, van de Rio de Janeiro Federale Universiteit, duidelijk maakt in zijn literaire blog: | A obra expõe a história dos moçambicanos, após o processo de colonização, descolonização e independência política adquirida em 1975, como analisa o aluno do curso de letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Pedro Puro Sasse da Silva, no blog sociedade dos poetas amigos : |
8 | Al in de verhalen van Kindzu vinden we oorspronkelijk de vooruitzichten van zijn vader op de onafhankelijkheid van zijn land, feiten die weinigen kenden. | Já nas histórias de Kindzu encontramos inicialmente as previsões de seu pai sobre a independência do país fatos que poucos conheciam. |
9 | Deze marginalisatie van politieke processen in het land toont aan dat zelfs de revolutionaire dekolonisatie het leven van het volk in niets heeft veranderd, voor hen maakte het geen verschil of ze nou door een blanke of zwarte werden uitgebuit. | Essa marginalização dos processos políticos do país revela que mesmo com os ditos revolucionários atos de descolonização, a vida do povo não mudou em nada, para eles, ser explorado por um branco ou por um negro em pouco mudava sua vida. |
10 | Van de ene oorlog in de andere, wist het volk hoe ze de situatie, ook al waren de redenen ervoor onbekend, moesten definiëren, aldus Taímo: “De oorlog is een slang die onze eigen tanden gebruikt om ons te bijten.” | Saindo de uma guerra para uma seguida entrada em outra o povo apesar de desconhecer as motivações, sabiam bem como defini-la, assim dizia Taímo: “A guerra é uma cobra que usa os nossos próprios dentes para nos morder.” (…) |
11 | We begrijpen dus, van deze analyse, dat Terra Sonâmbula een levendig portret weergeeft van het Mozambikaanse volk, een historische beschrijving van hoe de oorlog zich afspeelt achter het perspectief van de hoofdstad. | Percebemos, então, através dessa análise, que Terra Sonâmbula é um vivo retrato do povo moçambicano, uma descrição histórica de como a guerra acontece por trás da perspectiva da capital. |
12 | Een volk dat leeft in een tweestrijd van een rijk verleden in mythes en geloven, en een hard en wreed heden. | Um povo que vive na dualidade de um passado rico em mitos e crenças, com um presente duro e cruel. |
13 | Eén van Mia's andere boeken, Cada Homem é Uma Raça (1990), gaat het rassenperspectief binnen de Mozambikaanse identiteitspolitiek na, zoals duidelijk wordt gemaakt door Willian Conceiçao van de Federale Universiteit van Santa Catarina in Brazilië: | Sobre o livro de contos intitulado Cada Homem é Uma Raça (1990), o pesquisador do Núcleo de Estudos sobre Identidades e Relações Interétnicas da Universidade Federal de Santa Catarina, do Brasil, Willian Conceiçao comenta no blog dele: |
14 | Tussen de doden en de levenden. | Entre os mortos e vivos. |
15 | De gekoloniseerde en de onafhankelijke. | O colonial e o independente. |
16 | Tussen rassen? | Entre raças? |
17 | Elke man is een ras, bezit iets wat eigen is, allen met hun conflicten, levende op een specifieke wijze. | Cada homem é uma raça, possui algo que é próprio, todos com seus conflitos, vivenciado de formas especificas. |
18 | “De persoon is een individuele mensheid. | “A pessoa é uma humanidade individual. |
19 | Elke persoon is een ras, meneer de Agent” [interne aanhalingstekens van Mia Couto]. | Cada homem é uma raça, senhor polícia” [Aspas internas de Mia Couto]. |
20 | Foto: Luis Miguel Martins/ CC-BY-SA 3.0/ via Wikimedia Commons | Foto: Luis Miguel Martins/ CC-BY-SA 3.0/ via Wikimedia Commons |
21 | Een politiek thema dat veel besproken wordt in het werk van Mia is de Mozambikaanse koloniale onafhankelijkheid van Portugal. | Sobre a visão política de Mia, uma das tônicas é a independência de Moçambique do colonialismo português. |
22 | De inleiding van het boek Cronicando (1988), zoals aangegeven door Sermos Galiza, geeft inzicht in de schrijver zelf: | No prefácio do livro de crônicas Cronicando (1988) mencionado no site galego Sermos Galiza, parte de quem é o homem Mia pode ser percebido: |
23 | “De Europese intellectuelen keken hem met verbazing aan: hij was een jonge man maar met een vrouwelijke naam (Mia), een blanke man (blond haar, lichte ogen) maar een Afrikaan”, schrijft Fernando Dacosta in de inleiding van Cronicando, om de positie van de schrijver in de wereld te verduidelijken, die antwoordt op de oorsprong van het menselijk geslacht zelf “kaarten ongehoorzamen en kompassen onontdekken, zijn roeping is het landschap op stelten zetten”, zegt de schrijver. | Os intelectuais europeus olharam-no, ao conhecê-lo, com surpresa: era um jovem apesar de ter nome feminino (Mia), era um branco (cabelos louros, olhos claros) apesar de ser africano”, escreve Fernando Dacosta no prefacio de Cronicando, para explicar a posição do escritor no mundo, que responde à própria origem do género humano, “desobedecer aos mapas e desinventar bússolas, sua vocação é a de desordenar paisagens”, diz o escritor. |
24 | Liliane Lobo, van de Lusophone Universiteit in Lissabon, schrijft over de literaire stijl van Mia in haar blog: | Liliane Lobo do blog dos alunos do curso de gêneros jornalísticos do curso de Ciências da Comunicação e da Cultura da Universidade Lusófona, em Lisboa, escreveu sobre o estilo literário de Mia Couto: |
25 | Zijn schrijven appelleert de meest natuurlijke kant van de dingen, het onderzoekt de menselijke connectie met de aarde, de natuur. | A sua escrita apela o lado mais “natural” das coisas, explorando a ligação humana à terra, à natureza. |
26 | Zijn werk heeft de Portugese taal over haar grenzen getrokken, altijd met prijs voor zijn korte banden met Afrikaanse tradities en cultuur. | As suas obras têm levado a língua portuguesa além fronteiras, enaltecendo sempre a sua estreita ligação com as tradições e cultura africanas. |
27 | Mia Couto verwerpt het idee dat Lusophonia één enkele zin heeft; hij meent dat er meerdere Lusophonia's zijn. | Mia Couto rejeita a ideia que a lusofonia seja um sentido singular, considera que existem várias lusofonias. |
28 | In een recente toespraak in Figueira da Foz, Portugal, beschouwt Mia het concept van Lusophonia - de groep Portugeestalige landen - in antwoord op vragen van het publiek, zoals te zien is in de onderstaande video: | Em uma apresentação na cidade portuguesa de Figueira da Foz, ano passado, Mia refletiu sobre o conceito de lusofonia, ao responder pergunta da plateia, como mostra vídeo abaixo: |
29 | Mia zegt dat: | Ele afirma que: |
30 | (…) Er bestaat een zekere haast in het verkondigen van Lusophonia evenals de naam van deze familie (…) Nu is er een tegenreactie die is ontstaan omdat begrepen moet worden dat Mozambique andere talen heeft (…) die eigen zijn, die moedertalen zijn, dat de meerderheid van de Mozambikanen geen Portugees spreekt in zijn dagelijks leven, men spreekt andere talen en heeft met die talen dezelfde liefdesverhouding als wij allen hebben met onze eigen moedertaal (…) | (…) [A] certa pressa em proclamar a lusofonia assim como o nome dessa família(…) Agora há uma reação inversa que foi criada porque é preciso perceber que Moçambique tem outras línguas (…) que são suas, que são línguas maternas, que a maior parte dos moçambicanos não falam português no seu cotidiano, falam outras línguas e tem com essas línguas essa relação de amor que nós todos temos com a língua materna(…) |
31 | Geboren op 5 juli 1955 in Beira Stad van Portugese ouders, is Mia Couto's doopnaam António Emílio Leite Couto [en]. | Nascido em 5 de julho de 1955, na cidade de Beira, filho de portugueses, Mia Couto foi batizado como António Emílio Leite Couto. |
32 | In 1971 verhuisde hij naar Lourenço Marques, tegenwoordig Maputo, hoofdstad van Mozambique. | Em 1971, ele passou a viver em Lourenço Marques, hoje Maputo, capital do Moçambique. |
33 | Hij verliet zijn studie medicijnen en koos voor een carrière in de journalistiek in 1974, waarna hij bijdrages gaf aan A Tribuna, Notícias en het Mozambikaanse Informatie Agentschap (AIM). | Deixando os estudos de medicina de lado, ingressou na carreira jornalística em 1974, tendo contribuído para jornais como A Tribuna, Tempo e Notícias e Agência de Informação de Moçambique (AIM). |
34 | In 1984 keerde Mia terug naar de universitaire leven en studeerde af in de biologie aan de Universiteit Eduardo Mondlane, waar hij momenteel nog werkzaam is als docent. | Em 1985, Mia voltou para a faculdade para gradua-se em Biologia na Universidade Eduardo Mondlane, onde ensina atualmente. |