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1 | México: Quatro mulheres jornalistas desafiam as probabilidades | |
2 | [Todos os links conduzem a sites em espanhol, exceto quando indicado o contrário] | Cuatro mujeres periodistas que desafían las probabilidades en Ciudad de México |
3 | Este artigo faz parte de nossa série sobre gênero e a sexualidade na América Latina e no Caribe [en] em parceria com o Congresso Norte-Americano sobre a América Latina (NACLA) [en]. | Este post es parte de nuestra serie sobre género y sexualidad en América Latina y el Caribe en colaboración con Congreso Norteamericano sobre América Latina [en] (NACLA por su nombre en inglés). |
4 | Apesar dos baixos salários e dos riscos de exercer a profissão de jornalista no país mais perigoso das Américas, algumas profissionais mexicanas continuam trabalhando e crescendo nesta carreira. | A pesar de las bajas remuneraciones y los peligros que conlleva ser reportero en los países más peligrosos para los periodistas [eng] en las Américas, algunas periodistas mexicanas siguen trabajando y progresando en esta profesión. |
5 | Na sequência, apresentamos quatro destas bravas profissionais. | En este artículo, presentamos a cuatro de estas valientes periodistas. |
6 | Com anedotas sobre migração, política, sonhos e igualdade de gênero, elas nos deram uma ideia das vidas delas para observarmos o que significa ser uma jornalista no México. | Con anécdotas sobre migración, política, sueños e igualdad de género, estas reporteras nos han dado un vistazo a sus vidas para ver cómo es ser una mujer periodista en la Ciudad de México. |
7 | Nicole Medgenberg | Nicole Medgenberg |
8 | Nicole, uma jornalista nascida na Alemanha, mudou-se para o México quando estava começando seu bacharelado. | Nicole, periodista nacida en Alemania, se mudó a la Ciudad de México cuando estaba empezando su licenciatura. |
9 | Hoje, ela trabalha para uma organização não-governamental durante o dia, e à noite cobre principalmente matérias sobre comidas e viagens como jornalista freelancer. | Hoy trabaja para una organización no gubernamental durante el día, y como periodista independiente informando mayormente sobre comida y viajes. |
10 | Ela começou também seu próprio blog de receitas, chamado La cocinera con prisa (“A cozinheira apressada”). | También empezó su propio blog de recetas llamado La cocinera con prisa. |
11 | Seu primeiro encontro com o jornalismo aconteceu aos 12 anos de idade, quando ela planejava uma revista com uma amiga. | Su primer encuentro con el periodismo ocurrió a los 12 años, cuando diseñó una revista con una amiga. |
12 | Nicole explica que a amiga procurava por fotos em revistas, enquanto ela escrevia histórias imaginárias para cada uma das imagens. | Nicole explica que su amiga buscaba fotos en revistas, mientras ella escribía historias imaginarias para cada imagen. |
13 | “Eu ainda guardo a revista comigo”, Nicole declarou orgulhosamente. | “Todavía guardo esa revista”, dice orgullosa. |
14 | A jornalista afirma que a cidade ofereceu à ela as mesmas oportunidades dadas a qualquer homem: “Nasci em uma geração e cultura na qual eu já não questiono se posso votar, estudar ou exercer minha profissão com alguma diferença em relação aos homens. | Nicole dice que Ciudad de México le ha dado las mismas oportunidades que a cualquier hombre: “Nací en una generación y en una cultura en las que ya no cuestiono si puedo votar, estudiar o practicar mi profesión de manera diferentes a los hombres. |
15 | Tenho sorte de possuir uma raiz alemã e mexicana, que [meus pais] são muito abertos e apoiam a minha carreira.” | Tengo la suerte de tener raíces alemanas y mexicanas, que [mis padres] sean muy abiertos y me apoyen con mi carrera”. |
16 | Para Nicole, o principal problema enfrentado no jornalismo é o baixo salário: “Algumas pessoas precisam entender que se elas querem alguém que seja dedicado e tenha uma boa experiência, ele ou ela deveria ser tratado como tal, pagando em dia e o valor [corretos]. | Para ella, el principal problema que enfrenta el periodismo es la baja remuneración: “Algunas personas deben entender que si quieren alguien que sea dedicado y tenga buena experiencia, se le debe tratar así, se le debe pagar en el momento oportuno y la cantidad [correcta]. |
17 | É uma profissão que exige compromisso e auto-sacrifício, e infelizmente, não é bem remunerada.” | Es una profesión que requiere compromiso y autosacrificio, y tristemente, no está bien remunerada”. |
18 | Siga Nicole no Twitter:@NicMedgenberg | Sigue a Nicole en Twitter: @NicMedgenberg. |
19 | Elia Baltazar | Elia Baltazar |
20 | “Eu não posso dizer que estou sujeita a qualquer discriminação ou tratamento preferencial por ser mulher. | “No puedo decir que haya sido objeto de discriminación o trato preferencial por ser mujer. |
21 | Acredito que existe mais a fazer estando consciente dos meus direitos. | Creo que tiene que ver más con la conciencia de mis propios derechos. |
22 | Eu não permitiria que isso acontecesse”, Elia responde quando perguntada se foi tratada com diferença por ser uma jornalista mulher. | No permitiría que eso sucediera”, responde Elia cuando se le pregunta si la han tratado diferente como reportera. |
23 | Nascida e criada no México, Elia trabalha como jornalista freelancer. | Elia nació y creció en Ciudad de México, y trabaja como periodista independiente. |
24 | Seu dia começa entre 4h30 e 5h da manhã, quando dedica 30 minutos para a leitura de um livro do seu interesse (ela não tem tempo mais tarde). | Empieza su día entre 4:30 y 5 a.m., cuando dedica 30 minutos a leer un libro de su interés (después no tiene tiempo). |
25 | Depois, ela lê o jornal e planeja sua agenda diária. | Luego lee las noticias y se prepara para su horario diario. |
26 | Elia está sempre entrevistando pessoas e investigando prováveis histórias, às 10h. | A las 10 a.m., está lista para entrevistar personas e investigar posibles historias. |
27 | E às 22h encerra o seu trabalho. | Deja de trabajar a las 10 p.m. |
28 | Elia sempre sonhou em ser uma jornalista. | Elia siempre soñó con ser periodista. |
29 | Imaginava a profissão como um dos trabalhos mais fascinantes do mundo, associava-o a terras distantes. | Vio el periodismo como uno de los trabajos más emocionantes del mundo, relacionándolo siempre con tierras lejanas. |
30 | No ensino médio, ela trabalhou no jornal da escola, e o seu primeiro emprego foi como jornalista aos 18 anos de idade. | Durante la secundaria, trabajó en el periódico de su colegio, y consiguió su primer trabajo como periodista a los 18 años. |
31 | No seu trabalho com a internet Periodistas de a Pie, ela escreve sob uma perspectiva dos direitos humanos e de gênero: “Prefiro escrever toda vez sob a perspectiva de igualdade de direitos para todos, e só ressalto o gênero quando está claro que houve uma violação no direito das mulheres”. | En su trabajo con la red Periodistas de a Pie, escribe con una perspectiva de derechos humanos y de género: “Siempre prefiero escribir desde la perspectiva de derechos iguales para todos, y solamente enfatizo en el género cuando es claro que hubo violación a los derechos de la mujer”. |
32 | Na sua organização, eles adotam escrever não só acerca das denúncias, mas também encontrar exemplos de histórias de sucesso que acabem com a tradição de sofrimento das vítimas e fortaleçam os cidadãos com suas próprias histórias de sucesso. | En su organización, optan por escribir no solamente sobre quejas, sino también encontrar ejemplos de historias de éxito que rompen la tradición del infortunio de las víctimas y fortalecer a los ciudadanos con sus propias historias de éxito. |
33 | Elia se declara uma feminista; apesar de não estar convencida sobre todas as teorias deste movimento, elas fazem parte do seu crescimento pessoal e profissional. | Elia se declara feminista; aunque no está convencida de todas las teorías feministas, son parte de su crecimiento personal y profesional. |
34 | Para ela, o maior desafio que os jornalistas, de ambos os sexos, enfrentam hoje no México são os baixos salários e as condições de trabalho, “o que torna difícil fazer investigações verdadeiras”. | Para ella, el mayor desafío que periodistas, hombres y mujeres, enfrentan hoy en México son las bajas remuneraciones y las condiciones labores, “que dificultan hacer verdaderas investigaciones”. |
35 | Siga Elia no Twitter:@eliabaltazar | Sigue a Elia en Twitter: @eliabaltazar. |
36 | Sandra Apolinar | Sandra Apolinar |
37 | De Toluca, uma cidade a 40 minutos do México, Sandra é a editora do Departamento de Música e Tecnologia da Swagger. | Originaria de Toluca, ciudad a 40 minutos de Ciudad de México, Sandra es editora de la sección de música y tecnología en Swagger. |
38 | Para ela, um dia comum na redação consiste na edição de artigos para o site. | Un día normal para ella en su sala de noticias consiste en editar los artículos para el sitio web. |
39 | E também procurar temas que sugiram possíveis histórias para os jornalistas da sua equipe. | También investiga temas para sugerirlos como posibles historias para los periodistas en su equipo. |
40 | “Eu não sou uma grande fã de noticiar os escândalos na música, matérias relacionadas a Justin Bieber ou a Miley Cyrus, mas nosso público é muito interessado nisto e escrevo a respeito”, confessa. | “No me entusiasma mucho informar sobre escándalos musicales, cosas relacionadas con Justin Bieber o Miley Cyrus, pero nuestro público está muy interesado en eso y tengo que escribir al respecto”, confiesa. |
41 | Sandra deseja continuar sua carreira nas reportagens sobre esporte. | Sandra quiere seguir su carrera informando sobre deportes. |
42 | Ela é muito fã do time de futebol local Diablos Rojos, e sabe que como mulher deve levar mais tempo para persistir em uma carreira dentro dessa área. | Es gran fanática del equipo local de fútbol, Diablos Rojos, pero sabe que puede tomar algo de tiempo seguir una carrera en ese campo. |
43 | Sandra soube que queria ser jornalista desde o ensino médio. | Sandra supo que quería ser periodista desde que estaba en secundaria. |
44 | E disse que sempre escreveu para ela mesma, e quando estava com 16 anos de idade, começou o seu interesse em escrever para os outros. | Dice que siempre escribía para ella, y que cuando tenía 16 años, se empezó a interesar en escribir para otros. |
45 | Por mais de seis anos, viajou de Toluca para a Cidade do México todos os dias, ida e volta, e mesmo se ela não morasse na cidade, comenta que se sente de “DF”[Distrito Federal] e que não existe outro lugar que ela preferisse trabalhar como jornalista. | Durante más de seis años, viajaba todos los días de Toluca a Ciudad de México y de vuelta, y aunque no vive en la ciudad, dice que se siente del ‘DF' y que no hay otro lugar en el mundo donde le gustaría trabajar como periodista. |
46 | “O maior desafio que eu vejo para os jornalistas no México é que às vezes eles esquecem de ser verdadeiramente objetivos, o mínimo que eles podem ser. O jornalismo no México não terá grande melhoria se o ego destes profissionais continuar crescendo”, ela conclui. | “El mayor desafío que veo para los periodistas en Ciudad de México es que a veces se olvidan de ser realmente objetivos, al menos todo lo que pueden ser. El periodismo en México no mejorará mucho si el ego de los periodistas sigue creciendo”, concluye. |
47 | Siga Sandra no Twitter: @sandiapolinar | Sigue a Sandra en Twitter: @sandiapolinar. |
48 | Daliri Oropeza | Daliri Oropeza |
49 | “Eu sempre tento balancear as falas no que escrevo. | “Siempre trato de equilibrar las voces de las que escribo. |
50 | Se entrevistei quatro homens, tento procurar o mesmo número de mulheres. | Si he entrevistado a cuatro hombres, trato de buscar la misma cantidad de mujeres. |
51 | Nesse assunto, gosto de trazer justiça aos meus textos”, Daliri explica. | Me gusta traer justicia a mis textos en esos aspectos”, explica Daliri. |
52 | Nascida e criada no México, Daliri vem de uma família que trabalhou em um grupo circense por anos. | Daliri nació y creció en la Ciudad de México, y viene de una familia que ha trabajado en la industria circense durante generaciones. |
53 | Ela é a única jornalista da família, e se sente orgulhosa disso. | Es la única periodista de su familia, y se siente orgullosa de eso. |
54 | Morou em muitos bairros do México, de San Rafael a La Roma, de La Tabacalera a Buena Vista. | Daliri ha vivido en muchos barrios en Ciudad de México, desde San Rafael a La Roma, desde La Tabacalera a Buena Vista. |
55 | Daliri ama o México, e mesmo que ela viaje para outras cidades para estudar, confessa que sempre voltará para o DF. | Está enamorada de Ciudad de México y aunque viaje a otras ciudades a estudiar, confiesa que siempre regresará al DF. |
56 | “Eu sou uma mulher que gosta de experimentar o meu trabalho. | “Soy una mujer a la que le gusta experimentar con su trabajo. |
57 | Quero buscar novas coisas, e estou sempre à procura de novas histórias, novas vozes para representar”. | Quiero probar cosas nuevas, siempre estoy buscando nuevas historias, nuevas voces para representar”. |
58 | Daliri escreveu diversas histórias sobre o povo indígena do sul do estado do México, Chiapas . | Sandra ha escrito varias historias acerca de los pueblos indígenas del Sur de México en el estado de Chiapas. |
59 | Para a jornalista, a tentativa de trazer uma igualdade no número de falas de homens e mulheres é a sua contribuição para a igualdade de gênero. | Para Daliri, tratar de llevar un número igual de voces de hombres y mujeres es su contribución con la igualdad de género. |
60 | “Eu não sou feminista, mas sempre quero escrever sobre mulheres em minhas histórias”, ela diz. | “No soy feminista, pero siempre quiero escribir sobre mujeres en mis historias”, dice. |
61 | Uma de suas histórias mais recentes e favoritas diz respeito às filhas dos políticos que também trabalham na política, uma investigação que Daliri procurou explorar a “minoria de uma minoria”. | Una de sus historias favoritas más recientes es sobre hijas de políticos que también trabajan en política, una investigación que buscó para explorar a una “minoría de una minoría”. |
62 | “Há diferenças entre homens e mulheres quando falamos sobre jornalismo. | “Hay diferencias entre hombres y mujeres cuando hablamos de periodismo. |
63 | Às vezes, alguns homens pensam que você não pode fazer um bom trabalho como jornalista, mas você não deve deixar aqueles comentários afetarem o seu trabalho. | A veces, algunos hombres creen que no puedes hacer un buen trabajo como reportera, pero no debes dejar que esos comentarios afecten tu trabajo. |
64 | Estas pessoas são ignorantes”, enfatiza, e conclui que trabalhar nesta profissão é a sua paixão. Não há outro emprego que ela preferiria estar exercendo. | Esas personas son ignorantes”, enfatiza y concluye que trabajar como periodista es su pasión y que no hay otra cosa que le gustaría hacer. |
65 | Siga Daliri no Twitter: @Dal_air | Sigue a Daliri en Twitter: @Dal_air. |