# | por | spa |
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1 | Uzbequistão: O Massacre de Andijan, 5 anos depois | Uzbekistán: La Masacre de Andiján, 5 años después |
2 | O dia 13 de maio marcou os cinco anos desde que as tropas de segurança Uzbeques mataram dezenas de manifestantes anti-governo na cidade de Andijan. | El 13 de mayo se cumplieron cinco años desde que las tropas de seguridad uzbekas mataron a cientos de manifestantes anti gobierno en la ciudad de Andiján. |
3 | O povo protestava contra o duro ambiente sócio-econômico e e as políticas repressivas na região. | El pueblo protestaba en contra de represivas políticas socio-económicas y ambientales. |
4 | O governo decidiu tomar medidas mais duras já no período inicia dos protestos. | El gobierno decidió tomar medidas en las primeras etapas de las protestas. |
5 | Aquele dia em 2005 passou a ser conhecido como “O Massacre de Andijan” | Ese día de 2005 ha pasado a ser conocido como la “Masacre de Andiján”. |
6 | Naquele dia, tropas governamentais atiraram e mataram manifestantes civis sob as ordens do presidente Islam Karimov. | Ese día, las tropas del gobierno dispararon a matar a manifestantes civiles según órdenes del presidente Islam Karimov. |
7 | De acordo com dados oficiais, o número de mortos chegou aos 187. | Según los datos oficiales, la cifra de muertos fue de 187. |
8 | Contudo, testemunhas e especialistas dizem que muito mais pessoas, incluindo crianças e mulheres, foram assassinados, e o número estimado varia de várias centenas até quase mil. | Sin embargo, testigos y expertos dicen que fueron muchas más personas, incluidos mujeres y niños, fueron asesinados, y los números estimados van de varios cientos a casi mil. |
9 | Desde o começo, as autoridades Uzbeques deixaram claro que este era um assunto interno e que a cobertura do massacre nos meios locais e ocidentais não era bem vista. | Desde el comienzo, las autoridades de Uzbekistán dejaron en claro que este es un tema interno y que la cobertura de la masacre en los medios locales y occidentales no era bien vista. |
10 | Como resultado, o regime de Karimov expulsou correspondentes estrangeiros para fora do país e expurgou o que restava da mídia independente no país os aprisionando e intimidando repórteres. | Como resultado, el régimen de Karimov echó del país a los presentadores de televisión y purgó a lo que quedaba de la prensa local independiente encarcelando e intimidando a los reporteros. |
11 | Mesmo depois de 5 anos do massacre, quase ninguém no Uzbequistão fala sobre o assunto, os blogueiros e jornalistas locais vivem com medo do regime Uzbeque e permanecem em silêncio, apenas aqueles que vivem foram são bravos o suficiente para lembrar daquela brutalidade. | Incluso 5 años después de la masacre casi nadie en Uzbekistán habla del tema, los bloggers y periodistas locales que viven con temor del régimen uzbeko están callados, solamente los que llegan del extranjero tienen el suficiente valor como para recordar la masacre. |
12 | Analizando a atividade civil durante os últimos 5 anos, Sarah Kendzior escreve no Registan.net: | Analizando la actividad civil durante los últimos cinco años, Sarah Kendzior escribe en Registan.net: |
13 | Não houve protestos em larga escala no Uzbequistão desde 2005 - não porque o povo do Uzbequistão esteja contente com seu governo, e sim porque estão aterrorizados [demais] para falar contra ele. | “No ha habido protestas a gran escala en Uzbekistán desde 2005 - no por que el pueblo de Uzbekistán esté contento con su gobierno, sino porque están aterrados de hablar en contra de él. |
14 | Os eventos em Andijon confirmaram as piores suspeitas do povo uzbeque e mantiveram as mais horrendas promessas do presidente Karimov: “Tal tipo de pessoa deveria levar um tiro na cabeça”, ele avisou em 1998 em um discurso sobre extremistas islâmicos, com a advertência tácita de que no Uzbequistão qualquer um pode ser considerado um extremista islâmico. | Los hechos de Andiján confirmaron las peores sospechas del pueblo uzbeko y mantuvieron las más horrendas promesas del presidente Karimov: “A personas así se les debería disparar en la cabeza”, advirtió en 1998 en un discurso acerca de extremistas islámicos, con la advertencia tácita de que en Uzbekistán, a cualquiera se le puede poner la etiqueta de extremista islámico. |
15 | Em Andijon, os Uzbeques finalmente aprenderam o quão longe seu governo está disposto a ir. | En Andiján, los uzbekos finalmente aprendieron qué tan lejos está dispuesto a llegar su gobierno”. |
16 | Ainda que em público tanto o governo quanto o cidadãos aparentemente tenham esquecido dos acontecimentos em Andijan, Shakhisa Yakub escreve [ru]: | Aunque en público, gobierno y ciudadanos aparentemente han olvidado los hechos de Andiján, Shakhisa Yakub escribe [ru]: |
17 | Os refugiados seguem dizendo que seus parentes que vivem no Uzbequistão seguem sendo ameaçados pela polícia e que as autoridades de segurança os obrigam a convencer os refugiados de suas famílias que retornem ao Uzbequistão [com a finalidade de processá-los]. | Los refugiados siguen diciendo que sus parientes que viven en Uzbekistán siguen siendo amenazados por la policía y que las autoridades de seguridad los obligan a convencer a los refugiados de sus familias a que regresen a Uzbekistán [con la finalidad de procesarlos]. |
18 | Isto é confirmado pela história da refugiada Dilorom Abdukadirova, que regressou ao Uzbequistão e foi detida pela polícia Uzbeque apesar de suas promessas prévias de que ela não seria presa. | Esto es confirmado por la historia de la refugiada Dilorom Abdukadirova que regresó a Uzbekistán y fue detenida por la policía uzbeka a pesar de sus promesas previas de no arrestarla. |
19 | A campanha online para sua defesa teve pouco sucesso. | La campaña en línea para su defensa ha tenido muy poco éxito. |
20 | Na sequência da detenção de Abdukadirova em 12 de março, a Corde da Cidade de Andijan a acusou de cruzar ilegalmente a fronteira Uzbeque, de tentar derrubar o regime cosntitucional e de participar em distúrbios, e a sentenciou a dez anos de prisão. | Tras el arresto de Abdukarimova el 12 de marzo, la Corte de la Ciudad de Andiján la acusó de cruzar ilegalmente la frontera uzbeka, intentar derrocar el orden constitucional y participar en disturbios, y la sentenció a diez años de prisión. |
21 | O regime de Karimov é duro mesmo com os parentes do presidente que tentam falar. | El régimen de Karimov es estricto incluso con los parientes del presidente que intentan hablar alto. |
22 | O sobrinho do presidente uzbeque, o jornalista Dzhamshid Karimov foi internado em uma sala psiquiátrica por seus informes críticos. | El sobrino del presidente uzbeko, el periodista Dzhamshid Karimov ha sido internado en una sala psiquiátrica por sus críticos informes. |
23 | Não houve sequer uma audiência judicial ou uma sentença para este caso. | Ni siquiera hubo una audiencia judicial o una sentencia para este caso. |
24 | Ao comemorar o Dia Mundial da Liberdade de imprensa em 3 de maio, o presidente dos EUA, Barack Obama, incluiu o Uzbequistão na lista de países em que jornalistas são presos por exercer sua profissão. | Al conmemorar el Día Mundial de la Libertad de Prensa el 3 de mayo, el presidente de EEUU, Barrack Obama, incluyó a Uzbekistán en la lista de países que encarcela a periodistas por su trabajo. |
25 | Mas Muzaffar Suleymanov do blog In CPJ acredita que isto não é suficiente e que deveria ser um primeiro passo para melhorar a situação: | Pero Muzaffar Suleymanov del blog In CPJ cree eso no es suficiente y que debería de ser el primer paso en el camino a mejorar la situación: |
26 | “Os Líderes mundiais tem uma obrigação moral de exigir justiça para Dilorom Abdukadirova e para todos os outros que estão presos ou sob acusações falsas, [e que estão sendo] torturados e intimidados pela polícia uzbeque, ou que seguem vivendo com medo do regime uzbeque. | “Los líderes mundiales tienen una obligación moral de exigir justicia para Dilorom Abdukadirova y todos los otros que estén presos bajo acusaciones fabricadas, torturados e intimidados por la policía uzbeka, o que siguen viviendo con miedo del régimen uzbeko. |
27 | […] O regime uzbeque provou ser imune a declarações condenatórias e a ações simbólicas, como [as] sanções impostas pela União Européia em 2005, que não evitaram que o regime seguisse prendendo seus críticos. | […] El régimen uzbeko ha probado ser inmune a declaraciones de condena y a acciones simbólicas, como sanciones impuestas por la Unión Europea en 2005, que no evitó que el régimen siguiera encarcelando a sus críticos. |
28 | Talvez seja tempo de comprometer publicamente os representantes uzbeques, como a embaixadora na Espanha, Gulnora Karimova, e a embaixadora na UNESCO, Lola Karimova - ambas filhas do presidente uzbeque - e exigir que elas expliquem a detenção de seu primo? | ¿Tal vez sea tiempo de comprometer públicamente a las representantes uzbekas, como la embajadora en España, Gulnora Karimova, y la embajadora en la UNESCO, Lola Karimova -ambas hijas del presidente uzbeko- y exigirles que expliquen la detención de su primo? |
29 | Depois de cinco anos, não é o momento de se fazer justiça? | Después de cinco años, ¿no es momento de hacer justicia?” |