Sentence alignment for gv-por-20090414-2709.xml (html) - gv-spa-20090407-6605.xml (html)

#porspa
1Brasil: Cultura, poesia e direitos indígenas na blogosferaBrasil: Cultura indígena, poesía y derechos en la blogosfera
2O Brasil possui um dos mais impressionantes mosaicos de povos indígenas do mundo, e esta riqueza cultural está começando a aparecer na blogosfera brasileira.Brasil tiene uno de los mosaicos más impresionantes de pueblos indígenas en el mundo y esa riqueza cultural empieza a mostrarse en la blogosfera brasileña.
3Foto por Tatiana_Reis na área de inclusão digital do Campus Party 2009
4A mais de 500 anos atrás, antes da colonização européia, o Brasil era inteiramente habitado por uma grande diversidade de grupos indígenas, estimados pela FUNAI em contarem entre 1 e 10 milhões de indivíduos.Unos 500 años atrás, antes de la colonización europea, Brasil estaba completamente habitado por una diversidad de grupos indígenas, estimado por FUNAI entre 1 a 10 millones de personas.
5A denominação “índio” foi dada aos habitantes nativos do lugar por conta de um equívoco dos colonizadores, que acreditavam ter chegado á Índia.La denominación de “Indio” o “Indígena” fue dada a los habitantes primitivos de esta tierra porque los primeros colonizadores creyeron habera llegado a la India.
6Hoje, há por volta de 460.000 índios no Brasil, pertencentes a por volta de 225 diferentes grupos étnicos, vivendo em áreas protegidas, e mais algo entre 100 e 190 mil índios vivendo em áreas rurais ou urbanas.Hoy en día, hay unos 460.000 indios en Brasil, de cerca de 225 grupos étnicos viviendo en áreas protegidas, más entre 100.000 y 190.000 viviendo en áreas rurales o urbanas.
7Eles constituem aproximadamente 0.Ellos constituyen cerca del 0.
825% da população brasileira e falam por volta de 200 línguas diferentes, embora muitos deles sejam bilíngues.25% de la población total del Brasil y hablan cerca de 200 lenguas diferentes, aunque muchos de ellos son bilingües.
9Além destes, há ainda por volta de 63 grupos indígenas que nunca fizeram contato com o mundo exterior e são considerados “povos isolados” (FUNAI, 2009).Fuera de ellos, se estima que existen 63 grupos indígenas que no han tenido contacto con el mundo exterior y son considerados “gente aislada”. (FUNAI, 2009).
10Embora a maioria das áreas indígenas sejam localizadas em áreas rurais remotas e não tenham acesso fácil a meios de comunicação como o telefone e a internet, a ascensão de associações regionais indígenas fortes como a COIAB, a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira, e de redes de nível nacional como a Rede dos Povos das Florestas, encabeçada pelo líder indígena Ailton Krenak, encorajou grupos e indivíduos indígenas a blogar para o mundo.Aunque la mayoría de las áreas indígenas están localizadas en lugares rurales remotos y no tienen fácil acceso a los medios de comunicación como el teléfono o el Internet, un aumento de importantes asociaciones indígenas regionales como COIAB, la Coordinadora de Asociaciones Indígenas de la Amazonía Brasilera, y redes a nivel nacional como Rede dos Povos das Florestas (Redes de los Pueblos de la Selva) dirigido por el líder indígena Ailton Krenak, han incentivado a estos grupos o individuos a blogear hacia el mundo.
11Algumas vezes eles contam com uma pequena ajuda de amigos, apoiadores da causa indígena, para cruzar o abismo tecnológico.En ocaciones reciben un poco de ayuda de amigos, partidarios de la causa indígena, para reducir la brecha tecnológica.
12Dois dos mais famosos líderes indígenas do Brasil estão blogando.Dos de los más famosos líderes indígenas del Brasil empezaron a blogear
13Desde 2008, Marcos Terena, do Estado do Mato Grosso do Sul, que descreve a si mesmo como um guerreiro do Povo Terena, vem usando sua escrita, seu pensamento e suas habilidades de comunicação como armas para defender seu povo e as causas indígenas no século 21.Desde el 2008, Marcos Terena, del estado Mato Grosso do Sul, quien se describe a si mismo como un guerrero de la tribu de los Terenas, ha estado usando su escritura, pensamiento y habilidades comunicacionales como armas para defender a su gente y la causa indígena en el siglo XXI.
14Em seu blogue, Terena comenta sobre eventos nacionais e chama nossa atençao para eventos que são relevantes para a causa indígena.En su blog [pt], Terena comenta sobre eventos a nivel nacional y dirige nuestra atención a los que son relevantes para la causa indígena.
15Foto de Valter Campanato de Marcos Terena na Conferência Regional das Américas.
16Creative Commons. Recentemente, Terena publicou uma crônica sobre um suposto episódio onde uma pessoa branca (ou “homem branco”, como as tribos geralmente chamam os não-índios) teria sido devorada por índios do Norte Brasileiro, relatado pela imprensa nacional:Recientemente, Terena publicó una crónica [pt] sobre el supuesto hecho de comerse a una persona blanca (o un “hombre blanco” como las tribus usualmente llaman a los no indígenas) por indígenas en el Norte del Brasil, reportado por los medios nacionales:
17Nos ultimos tempos, o colonizador acostumado a trabalhar com a imagem do mito, do herói e de tantas simbologias, criou a lenda de dificil comprovação, de que um padre de nome Sardinha teria sido devorado pelos Tupinambas… E agora, com os irmãos Kulina.En años recientes, el colonizador, que se había acostumbrado a las imagenes del mito, del héroe y a otros simbolismos, creó la leyenda de complicada comprobación, de un cura llamado Sardinha que fue supuestamente devorado por los indios Tupinamba … y ahora hacen lo mismo con nuestros hermanos Kulina.
18Como diria o velho sábio Jeca Tatu, tem arguma coisa errada nesse causo ou essa história tá mal contada.Como el anciano y sabio Jeca Tatu (Personaje del escritor Monteiro Lobato) diría: hay algo equivocado en esta historia, o no está bien contada.
19Como a piola sempre arrebenta do lado mais fraco, então nós daqui do sul, do centro oeste e de outras regiões acostumados com churrascos, farofa, beiju, mandioca, banana e até mesmo guaraná, ficamos pensando:qual o significado dessa história de comer o homem branco? vale a pena? Saborear com gosto ou com raiva?Como la cuerda siempre se rompe por el extremo más débil, estando aquí, en las regiones del sur, del Centro-Oeste y de otras, estamos acostumbrados a comer parrilladas, harina de mandioca, beiju (galletas tradicionales hechas de mandioca), mandioca, plátano e incluso guaraná, nosotros pensamos: ¿Cuál es el punto de comerse a un hombre blanco?, ¿Vale la pena?, ¿Se lo saborea mejor con gusto o con rabia?
20Porque… engolir sapo em nome da civilização moderna, nós indigenas já fizemos isso varias vezes.Porque… comer un sapo en el nombre de la civilización moderna, es algo que nosotros los indios lo hemos hecho múltiples veces.
21E não é mole, não!!!!Y no es fácil. ¡Nada fácil!.
22Pensem nisso Canibais, reflitam e lembrem-se: contra má digestão, chá de boldo!!!!¡Piensen en esto, reflecciones y recuerden: en contra de la mala digestión, beban te de Boldo!.
23Ailton Krenak, outro importante líder do povo Krenak do estado de Minas Gerais, conta com o apoio de um colega chamado Hanny para publicar em seu blogue todos os artigos jornalísticos publicados sobre ele desde 2007.Ailton Krenak, otro importante lider de los Krenak, del estado de Minas Gerais, cuenta con el apoyo de un colega llamado Hany para publicar en su blog [pt] todos los artículos de los medios de comnunicación que se han publicado sobre él desde el 2007.
24Os tópicos são principalmente eventos políticos e culturais.Los temas son principalmente eventos culturales y políticos.
25O blogue trouxe recentemente imagens da participação de Ailton em um festival indígena devotado para a água, que aconteceu no festival FestiVelhas, e onde ele falou sobre a preservação ambiental na cultura indígena:El blog ha publicado recientemente imágenes de la participación de Ailton en el ritual religioso dedicado al agua, que tuvo lugar en el festival FestiVelhas, donde habló acerca de la preservación del medioambiente en la cultura indígena:
26Ainda reunidos em círculos ou em duas filas, os presentes cantavam, dançavam e ouviam as explicações de Ailton. “É preciso entrar em sintonia com a natureza e ouvir o que as águas tem as nos dizer”, diz ele sobre a relação que os homens devem manter com ambiente.Aqui, unidos en círculos o en dos líneas, los participantes cantaron, bailaron y escucharon las explicaciones de Ailton: “Necesitamos estar en contacto con la naturaleza y escuchar lo que el agua nos tiene que decir”, él habló de la relación que el ser humano tiene que establecer con el medio ambiente.
27Foto: Dois jovens índios nadando no rio, por Deborah IcamiabaAparecen en la blogósfera interesantes iniciativas colectivas entre los indígenas jóvenes.
28Há iniciativas coletivas interessantes protagonizadas por índios jovens acontecendo na blogosfera A Associação AJI, Ação de Jovens Indígenas, reúne índios das etnicidades Kaiowá, Terena e Nandeva localizados em Dourados, no Estado do Mato Grosso do Sul.La asociación AJI [pt], (Acción de Jóvenes Indígenas), reune gente de las tribus Kaiowá, Terena y Nandeva ubicadas en Dourados, en el estado de Mato Grosso do Sul.
29Eles realizam uma série de atividades direcionadas à integração das comunidades, incluindo um jornal local que informa local e externamente sobre o dia a dia e os desafios enfrentados pelos povos indígenas.Ellos dirigen una serie de actividades orientadas a la integridad entre las comunidades, que incluyen un periódico local que informa localmente y hacia el exterior sobre la vida diaria y los retos enfrentados por los indígenas.
30Desde 2006 eles também estão blogando.Desde el 2006 también blogean.
31Embora eles vez ou outra façam referências a artigos de agências de notícias, muitos de seus artigos são escritos por jovens indígenas locais.Aunque a veces se apoyan en agencias noticiosas, muchos de los artículos están escritos por jóvenes indígenas locales.
32Um interessante exemplo disso foi a forma como eles coletaram opiniões de índios locais sobre as acusações feitas por homens brancos da região de que “os índios recebiam vários benefícios, mas não pagavam impostos ou taxas”, como podemos ver neste post:Un ejemplo interesante es cómo pueden reunir opiniones de indígenas locales ante las acusaciones hechas por la gente blanca local que “los indígenas reciben muchos beneficios, pero no pagan impuestos o servicios”, tal como este post [pt]:
33O índio kaiowá Euzébio Garcia, morador da aldeia Bororó, fazia economia há algum tempo para comprar uma moto.El indígena Kariowá, Euzébio Garcia, que vive en la aldea indígena Borotó, ha estado ahorrando por algún tiempo para comprarse una motocicleta.
34Com o acerto do pagamento da usina, ele conseguiu completar e fez a compra em dezembro de 2008.Con su sueldo del molino de caña de azúcar, ha logrado reunir el dinero y ha realizado la compra en diciembre del 2008.
35Euzébio investiu R$ 3 mil à vista.Euzébio pagó 3.000 Reales por adelantado.
36Esse é apenas um exemplo de como os indígenas da Reserva de Dourados têm aplicado seu dinheiro.Este es sólo un ejemplo de cómo los indígenas de la reserva Dourados han estado invirtiendo su dinero.
37Os salários dos trabalhadores das usinas e da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), os benefícios e os programas sociais geram renda para os índios e se convertem em lucro para o comércio de Dourados.Los salarios de los trabajadores de los molinos de caña de azucar y de FUNASA (La fundación nacional de salud), los beneficios de programas sociales que generan ingresos para los indígenas los cuales se conviertenen en ganancias para el comercio de Dourados.
38A população indígena contribui e muito com a economia da cidade de Dourados.La población indígena contribuye, y contribuye mucho, a la economía local de Dourados.
39Os índios Pataxó que vivem no Sul do Estado da Bahia criaram um blog dedicado ao Projeto Social de Ecoturismo chamado Reserva da Jaqueira:Los indígenas Pataxó quienes viven en el sur del estado Bahia crearon un blog [pt] dedicado a su proyecto de Eco Turismo llamado Reserva Jaqueira:
40foto: Índio Pataxó conduzindo turistas nos arredores da Reserva da Jaqueira, por Deborah Icamiaba
41Desde 2008, o blogue vem sendo movimentado por Aricema Pataxó, uma jovem índia Pataxó que está estudando jornalismo na Universidade Federal da Bahia.Desde el 2008, el blog ha sido llevado por Aricema Pataxó, un jóven indígena Pataxó quien está estudiando periodismo en la Universidad Estatal de Bahía.
42Embora o blogue tenha como principal objetivo disseminar o projeto para seus visitantes, ele traz também interessantes imagens e explicações sobre a cultura Pataxó, como por exemplo neste post sobre a importância da pintura corporal:Aunque el blog está principalmente dirigido a publicitar el proyecto para visitantes, trae imágenes interesantes y explicaciones sobre la cultura Pataxó, por ejemplo este post [pt] sobre el significado de la pintura coroporal:
43foto: Índio Pataxó se pintando, na Reserva Jaqueira, por Deborah Icamiaba
44A pintura corporal é um bem cultural de grande valor para nós Pataxó.La pintura coroporal es una herencia cultural de gran valor para los indígenas Pataxó.
45Ela representa parte de nossa história, sentimentos do cotidiano e os bens sagrados.Representa parte de nuestra historia, sentimientos del día a día y una herencia sagrada.
46Usamos a pintura corporal em festas tradicionais na Aldeia como em ritos de casamento, nascimento, comemorações, dança, luta, sedução, luto, proteção, etc. Temos pintura para o rosto, braço, costas e até mesmo para as pernas.Usamos la pintura corporal en fiestas tradicionales en la aldea, en ritos de matrimonio, nacimientos, celebraciones, bailes, batalles, seducción, luto, protección, etc. Tenemos pinturas para nuestros rostros, brazos, espaldas e incluso para nuestras piernas.
47Usamos pinturas específicas para homens e mulheres casados e solteiros.Tenemos pinturas específicas para las mujeres y hombres solteros o casados.
48As pinturas têm diversidade de tamanho e significados.Las pinturas tienen una gran diversidad de tamaños y significados.
49O blog Criança do Futuro: Wakopunska Karipuna vem sendo mantido desde 2007 por uma pessoa com um perfil muito interessante, na busca de tentar ajudar na compreensão de como são os índios brasileiros hoje:El blog Criança do Futuro: Wakopunska Karipuna [pt] ha sido mantenido desde el 2007 por una persona de un perfil muy interesante para ayudar a entender más sobre cómo son los indígenas del Brasil.
50Sou um mestiço brasileiro.Soy un brasilero mestizo.
51Pareço branco, mas não sou caucasiano.Parezco blanco, pero no soy caucásico.
52Tenho sangue karipuna, dos karipunas do Rio Jamary, hoje quase extintos nos sertões do Guaporé.Tengo sangre indígena Karipuna, de los karipunas del Río Kamary, hoy casi extintos en los desiertos de Guaporé.
53O resto de minha origem (portugueses do Ceará, holandeses do Sergipe, espanhóis do Pantanal, alemães do Paraná e italianos do Rio Grande do Sul) pouco me explica.El resto de mi origen (Portugués del estado Caerá, Holandés del estado Segipe, español del área del Pantanal, alemán del estado de Paraná e Italiano del estado Rio Grande do Sul) no ayuda a aclarar las cosas.
54Sou brasileiro dos quatro costados e, mais que isso, um hominídeo do continente Amarakka.Soy brasilero de los cuatro costados del Brasil, más que eso, soy un hombre del continente Amarakka.
55Estrangeiro em minha própria terra, quero poder falar a língua universal da Paz, e ter como repousar minha cabeça: por isso escrevo nessa areia e nessa arena virtual.Un extranjero en mi propia tierra, quiero poder hablar el lenguaje universal de la paz, y tener un lugar donde reposar mi cabeza: es por eso que escribo en esta arena y este espacio virtual.
56Seu blogue oferece alguns relatos fascinantes de alguém que vive na fronteira entre o Brasil (no Estado do Acre) e o Peru (Cuzco) e que realmente conhece a realidade da vida indígena no Amazonas.Su blog ofreze algunos relatos fascinantes de alguien que vive en la frontera entre Brasil (Estado del Acre) y Peru (Cuzco) y realmente conoce la realidad de la vida indígena en el Amazonas.
57Em um post recente, ele fala do problema do alcoolismo entre os índios de sua região:En un post reciente [pt], se ocupa de los problemas del alcoholismo entre los jóvenes indígenas en su región:
58Quando estive certa ocasião por ser nomeado chefe de posto indígena da Fundação Nacional do Índio, em 1993, um dos antigos funcionários da Funai em Rio Branco já me advertia que para uma boa convivência com os índios eu devia fazer vista grossa para o problema do alcoolismo, ou estaria me expondo a criar inimizades entre os lideranças ou até mesmo a ser vitimado por algum deles.Cuando yo estaba en cierta ocasión por ser nominado para el puesto de jefe de la FUNAI (Fundación Nacional de Indígenas), un antiguo miembro del FUNAI de Río Branco me dijo que para llevarme bien con los indígenas tenía que pretender no ver el problema del alcoholismo en la región, o estaría expuesto a gran enemistad con sus líderes o incluso convertirme en víctima de alguno de ellos.
59Essa incapacidade da Funai em lidar com o assunto se extende também às organizações que se dedicam a apoiar as populações indígenas, as quais se engajaram a partir dos anos 70 na luta pela demarcação de terras e na formação de lideranças e entretanto jamais se esforçaram por tratar essa espinhosa questão que representa um grave problema de saúde…Alcoolismo e aculturação andam de mãos dadas na Amazônia, e tanto é a aculturação que leva ao alcoolismo quanto o alcoolismo que conduz à aculturação, isso deve ser deixado bem claro.La imposibilidad de la FUNAI para enfrentarse con este tema se extiende a otras organizaciones que apoyan a los indígenas, que desde 1970 han estado participando en una batalla para la demarcación de territorios, formación de líderes y mientras tanto jamás se han esforzado en tratar este problema tan controversial que constituye un grave problema de salud. El alcoholismo y la aculturación andan de la mano en el Amazonas, y es tanto que la aculturación lleva al alcoholismo, como que el alcoholismo lleva a la aculturación.
60Por fim, nós também encontramos na rede algumas interessantes iniciativas blogueiras de linguistas e antropólogos que escrevem sobre as tribos com as quais trabalharam.Esto debe ser dejado bien claro. Finalmente, encontramos en la web, blogs de interesantes iniciativas de linguistas y antropólogos que escriben sobre las tribus con las que han trabajado.
61No blogue Maxacali, o estudante de linguística Charles Bicalho manteve um registro entre 2006 e 2007 de imagens e aspectos interessantes da cultura Maxacali, como por exemplo sua trajetória histórica:En el blog de Maxacali, el estudiante de linguistica Charles Bicalho mantuvo un registro entre el 2006 y el 2007 de imágenes y aspectos interesantes de la cultura Maxacali, por ejemplo su trayectoria histórica:
62Os Maxakali surpreendem por ainda preservarem língua, religião, costumes e outros aspectos tradicionais de sua cultura como nenhum outro grupo.Los Maxacali son sorprendentes por lo mucho que preservan su lenguaje, religión, costumbres y otros aspectos tradicionales de su cultura, como ningún otro grupo.
63Pouco mais de mil pessoas, sendo a maioria da população de crianças, falam a língua maxakali, do tronco lingüístico macro-gê, família maxakali.Un poco más de 1000 personas, la mayoría niños, hablan el idioma Maxakali, del origen linguistico macro-gê, de la familia Maxakali.
64Vivem em reserva no Vale do Mucuri, Nordeste do Estado.Ellos viven en la reserva del Vale do Mucur en el norte del estado [Minas Gerais].
65Povo tradicionalmente seminômade, caçador e coletor, é comum alguns grupos de poucos indivíduos abandonarem a reserva para longas peregrinações, muitas vezes chegando até Governador Valadares, distante mais de 300 km.Tradicionalmente semi-nómades, cazadores y recolectores, es común ver grupos de unos cuantos individuos abandonando la reserva para realizar largas peregrinaciones, muchas veces dirigiéndose hasta la ciudad de Governador Valadares, a unos 300 kilómetros de distancia.
66Seus ancestrais costumavam vagar por uma extensa área que abrange, além do Nordeste de Minas, o Sul da Bahia e o Norte do Espírito Santo.Sus ancestros acostumbraban recorrer un área extensa que abarcaba el noreste del estado Minas Gerais, el sur del estado de Bajia, el norte del estado Espirito Santo.
67Após o contato com o colonizador europeu e a conseqüente diminuição de seu território, acabaram, enfim, confinados em reserva.Fue después del contacto con los colonizadores europeos, y la disminución consecuente de su territorio que ellos acabaron en la reserva.
68Bicalho também publico algumas incríveis traduções para o português de alguns cânticos tradicionais da ritualística Maxakali e explora algumas questões sobre a poesia indígena, que será o tema do outro artigo desta trilogia.También Bicalho publica algunas increibles traducciones al Portugués de cantos tradicionales de ritos Maxakali y explora cuestiones acerca de la poesía indígena, que será un tema de otro artículo en esta trilogía.
69Abaixo, um exemplo:Sólo un ejemplo a continuación:
70O texto a seguir é um yãmîy maxakali, canto ritual do tatu.El texto siguiente es el yãmîy Maxakali, canto ritual del armadillo.
71O autor é Damazinho Maxakali, aluno do Curso de Formação de Professores Indígenas de MG.El autor es Damazinho Maxakali, estudante del curso para la formación de profesores indígenas del estado de Minas Gerais.
72KOXUT Koxut hãmkox hu kopa moyõn Koxut yã hãmkox kopa tokpep Koxut ãpnîy yîta yãy hi hu xit hã yãy hi Koxut tute komîy mahã xi kohot xi puxõõy Koxut yã hãmtup tu yãy hi xi ãpnîy hã Puxi.EL ARMADILLO El armadillo duerme en su agujero El armadillo tiene crias en su agujero El tatu sale de noche para caminar y comer El tatú come papas, mandiocas y gusanos.
73Ûkux.Suficiente.
74Ûgãxet ax Namãyiy Maxakani.Termina Mi nombre es Damazinho Maxakali.
75O TATU O tatu dorme dentro do buraco O tatu dá cria dentro do buraco O tatu sai à noite pra andar e pra comer O tatu come batata, mandioca e minhoca O tatu anda de dia e de noite Chega. Acabou.Para una lista exhaustiva de todos los blogs y sitios web indígenas en el Brasil, visiten el blog [pt] creado por Glaucia Pashoal con la intención específica de difundir estas fuentes para el propósito de investigación o simplemente para adquirir conocimiento sobre las culturas indígenas.
76Meu nome é Damazinho Maxakali. Foto: Uma mulher índia trabalhando, por Deborah IcamiabaSu meta es reforzar los medios a través de los cuales las comnunidades indígenas expresan su cultura y movimientos políticos en Internet.
77Para uma listagem cuidadosa de todos os blogues e sites indígenas do Brasil, visite o blogue criado por Glaucia Paschoal com o intento específico de disseminar estas fontes para o propósito de servirem como fontes de pesquisa ou simples aquisição de conhecimento sobre os povos indígenas.
78Sua busca é fortalecer os meios pelos quais as comunidades indígenas expressam sua cultura e seus movimentos políticos na Internet.
79No próximo artigo desta série, você encontrará os escritores e poetas indígenas que usam seus blogues para se expressarem. E no último artigo você verá como os índios brasileiros estão blogando em busca de seus direitos.En el próximo artículo en la serie, conocerán escritores y poetas indígenas que usan los blogs para expresarse y, en en el último verán cómo los indígenas brasileros están blogueando por sus derechos.