Sentence alignment for gv-por-20110916-23582.xml (html) - gv-spa-20110913-85024.xml (html)

#porspa
1Portugal: Cidadãos Perguntam aos Islandeses Sobre DemocraciaPortugal: Ciudadanos preguntan a islandeses acerca de la democracia
2Este artigo faz parte da nossa cobertura especial Europa em Crise.Esta página es parte de nuestra cobertura especial Europa en Crisis [en].
3Em Abril, na mesma semana [en] em que o anterior Primeiro Ministro português, José Sócrates, anunciava a necessidade de avançar com um “resgate” financeiro internacional para pagar a dívida pública de 80 mil milhões de euros, os islandeses foram às urnas para rejeitar a participação dos contribuintes no acordo de resgate bancário “Icesave” [en].En la misma semana [en] de abril que el ex Primer Ministro portugués José Sócrates anunció la necesidad de un rescate financiero internacional para pagar la deuda pública de 80 millardos de euros, los islandeses fueron a las urnas para rechazar la participación de los contribuyentes en el trato de rescate bancario “Icesave” [en].
4Apesar da Islândia ter vindo a apresentar boas práticas de democracia directa, de renúncia a um resgate internacional e de convalescença económica em dois anos, a grande mídia de Portugal não lhe têm dado a devida atenção. Na blogosfera, no entanto, cidadãos portugueses analisam a história e ali têm encontrado inspiração.Aunque la práctica de Islandia de la democracia directa, renuncia a un rescate internacional y recuperación económica en dos años no ha sido cubierta apropiadamente por los medios masivos portugueses, los bloggers están analizando e inspirándose en la historia.
5Protesto em Reiquejavique, 2008.Protesta de Reykjavik, 2008.
6Foto de Kristine Lowe no Flickr (CC BY-NC-SA 2.0)Foto de Kristine Lowe en Flickr (CC BY-NC-SA 2.0)
7Clavis Prophetarum [pseudónimo], do blog Quintus, explica porque é que considera que a “corajosa resistência [islandesa] ao complexo financeiro-político que hoje governa ademocraticamente a União Europeia” tem sido ignorada:Clavis Prophetarum [pseudónimo], del blog Quintus, dice por qué [pt] él cree que la “valiente resistencia de Islandia al complejo político-financiero que antidemocráticamente gorbierna la Unión Europea hoy en día” está siendo ignorada:
8A opção islandesa não serviu os interesses dos bancos europeus, logo estes têm todo o interesse em que se não fale dela nem que esta possível via chegue aos ouvidos dos cidadãos.La opción islandesa no servía a los intereses de los bancos europeos, así que estos tienen interés que esta opción no sea mencionada y que la posibilidad de tal camino nunca sea conocida por los ciudadanos.
9Quando em 2007, a Islândia foi o primeiro país europeu a soçobrar perante a crise mundial, declarando bancarrota por causa da falência do seu maior banco muitos desconsideraram o impacto de tal crise alegando que se tratava apenas de um pequeno país com pouco mais de meio milhão de habitantes e que seria facilmente “socorrido” por um empréstimo do FMI.En 2007, Islandia fue el primer país europeo en hundirse frente a la crisis mundial al declararse en bancarrota debido al colapso de su banco más grande, muchos pasaron por alto el impacto de su crisis y afirmaron que sólo fue un pequeño país con poco más de medio millón de personas y que sería fácilmente “rescatado” por un préstamo del FMI.
10O problema foi que na Islândia a “ajuda” do FMI foi levada a referendo e… derrotada.El problema está en que en Islandia la “ayuda” del FMI fue llevada a referendum y… perdió.
11Clavis acrescenta que também em Portugal a “'solução‘ para a crise atual não pode passar por dez anos de restrições orçamentais severas para manter os Bancos que - de forma ávida e desbragada - nos emprestaram dinheiro”.Él agrega que en Portugal “la solución para la actual crisis no puede recaer en diez años de severas restricciones presupuestarias para mantener a los bancos que nos han prestado dinero avariciosa y desenfrenadamente”.
12O referendo nacional [en] é só uma das “lições” que Portugal e os restantes países europeus podem aprender com a Islândia, como reporta o jornal i.La votación nacional [en] es sólo una de las “lecciones” [pt] para Portugal y el resto de los países europeos por aprender de Islandia, como reporta [pt] la plataforma de noticias en línea i.
13Os cidadãos também se concentraram na frente do Parlamento para exigir a queda do governo conservador, levaram os responsáveis à justiça - incluindo o anterior Primeiro Ministro Geir Haarde cujo julgamento começou no passado dia 5 de Setembro - e está neste momento a ser desenhada colaborativamente uma nova constituição.La gente también ha organizado sentadas frente al Parlamento exigiendo la caída del gobierno conservador, han llevado a los responsables de la crisis ante la justicia -incluyendo al ex Primer Ministro Geir Haarde cuya audiencia comenzó el pasado lunes 5 de septiembre- y una nueva constitución comunitaria está en proceso.
14“Acham que nós, em Portugal, devemos fazer o mesmo que vocês?”“¿Creen que nosotros aquí en Portugal deberíamos hacer lo mismo que ustedes hicieron?”
15Num vídeo de Miguel Marques, um grupo de cidadãos portugueses coloca uma série de questões aos islandeses sobre a mobilização social:En un video de Miguel Marques, un grupo de ciudadanos portugueses pregunta a los islandeses acerca de su movilización social:
16Como é que os sindicatos na Islândia se posicionaram e se viram como actores nos movimentos da resistência contra a crise da dívida na Islândia e em toda a Europa? (…)¿Qué posición tomaron y cómo se vieron los sindicatos de Islandia como jugadores en los movimientos de resistencia ante la crisis de la deuda en el país y en toda Europa? (…)
17Como é que vocês, islandeses, estão a organizar-se para criarem um futuro melhor?¿Cómo se están organizando los islandeses para hacerse un mejor futuro?
18(…) O que está a acontecer agora?(…) ¿Qué está sucediendo ahora?
19O que é que ainda estão a fazer?¿Qué siguen haciendo?
20Estão a lutar pelo quê e pelo que acham que vale a pena lutar?¿Por qué están luchando y por qué cosas creen que vale la pena pelear, por ejemplo la Constitución?
21Como a Constituição… Esta constituição separa realmente os poderes - económico, político, religioso?¿Esta Constitución está realmente separando los poderes -económico, político, religioso?
22Como é que acham que ela vai ajudar?¿Cómo creen que ayudará eso?
23O que é que querem que a Constituição ajude a mudar? (…)¿Qué cosas quieren que la Constitución ayude a cambiar? (…)
24O que estão a fazer agora?¿Qué están haciendo ahora?
25As mobilizações populares … Ainda estão a encontrar-se?Los movimientos populares… ¿aún se están reuniendo?
26Estão organizados em pequenos grupos?¿Están organizados en pequeños grupos?
27Será que o povo se dividiu, como os quatro que foram eleitos?¿La gente se separó como los cuatro que fueron electos?
28Há pequenos grupos de interesses?¿Tienen pequeños grupos de interés?
29(…) Será que vocês, que estão na Europa, e nós aqui no sul, se pudéssemos [sic] encontrar uma maneira de nos juntarmos para percebermos o que há de errado com todo o sistema, o sistema capitalista, claro?(…) ¿Ya sean ustedes en Europa, y nosotros aquí en el sur, si encontráramos una forma de unirnos y captar lo que está mal en todo el sistema, el sistema capitalista por supuesto?
30Como podemos realmente criar uma rede de ajuda através da qual possamos propor um sistema totalmente novo para a Europa e além?¿Cómo podemos crear una red de ayuda en la que de hecho pudiéramos proponer todo un nuevo sistema para Europa y más allá?
31Força povo da Islândia!¡Vamos islandeses!
32Para Miguel Madeira, do blog Vias de Facto, o relativo sucesso islandês é mais fruto da mobilização popular do que de “novos governos”.Para Miguel Madeira, del blog Vias de Facto [pt], “el relativo éxito islandés es más el resultado de la movilización popular que de ‘nuevos gobiernos'”.
33Num comentário ao seu post, Fernando Ribeiro começa por realçar o facto de na Islândia não ter sido necessário recorrer a “confrontos violentos” e considera que ao mesmo tempo que na “Grécia, na Irlanda e em Portugal a classe política não consultou nem consultará os eleitores que representa quando toma decisões tão importantes como recorrer ao fundo europeu”, não se pode descurar a necessidade de:En un comentario [pt] a su post, Fernando Ribeiro inicia resaltando el hecho que en Islandia no hubo necesidad de “choques violentos” y considera que mientras, “en Grecia, Irlanda y Portugal, la clase política no consultó -ni consultará- a los electores que representa al tomar tan importantes decisiones como volver a caer en el financiamiento europeo”. Es importante:
34requerer abertamente mais democracia na hora das tomadas de decisão fundamentais, e ultrapassar o argumento caduco da democracia liberal em que a democracia representativa funciona assim mesmo.exigir abiertamente más democracia al momento de la toma de decisiones importantes y superar el argumento obsoleto de la democracia liberal que dice que la democracia representativa sólo funciona así.
35Os islandeses não só exigem mais democracia como também estão a tomar parte nela, através de uma “irrevogável afirmação de democracia participativa (…) Democracia 2.0″, assente na nova constituição [en] criada colaborativamente e que será debatida no Parlamento em Outubro [en].Los islandeses no sólo exigieron más democracia, sino que formaron parte de “la mayor afirmación de democracia participativa. (…) La democracia 2.0″, a través de una nueva Constitución comunitaria [en] a ser debatida en el Parlamento en octubre [en].
36Paula Thomaz, da Carta Capital, resume o processo:Paula Thomaz de Carta Capital resume el proceso [pt]:
37a discussão para a nova [constituição] islandesa se dá através de vídeos do Youtube em tempo real, que mostram os debates do Conselho; fotos no Flickr; pequenas frases no Twitter; no site oficial dos temas (em islandês e em inglês); e no Facebook é que as ideias estão abertas para discussão.la discusión por la nueva [constitución] islandesa está teniendo lugar a través de videos en Youtube en tiempo real, que muestran los debates en el Consejo; fotos en Flickr; declaraciones cortas en Twitter; en el sitio web oficial de los temas (en islandés e inglés) y en Facebook es donde las ideas están abiertas a discusión.
38Para finalizar uma análise aprofundada sobre as respostas da Islândia à crise, num artigo de opinião publicado originalmente no website Noticias do Douro e amplamente difundido pelos blogs, o funcionário público e engenheiro Fernando Gouveia, escreve:Para cerrar el análisis exhaustivo acerca de la respuesta de Islandia a la crisis, en un artículo de opinión [pt] publicado originalmente en el sitio web Noticias do Douro y ampliamente compartido en línea, el ingeniero y funcionario público Fernando Gouveia, escribe:
39Se isto servir para esclarecer uma única pessoa que seja deste pobre país aqui plantado no fundo da Europa, que por cá anda sem eira nem beira ao sabor dos acordos milionários que os seus governantes acertam com o capital internacional, e onde os seus cidadãos passam fome para que as contas dos corruptos se encham até abarrotar, já posso dar por bem empregue o tempo que levei a escrever este artigo. Este artigo faz parte da nossa cobertura especial Europa em Crise.Si esto aclara las cosas para al menos una persona de este pobre país estancado al final de Europa, una persona que deambule por aquí sin un centavo para probar los acuerdos millonarios que los líderes de su gobierno alcanzan con capital internacional y donde los ciudadanos pasan hambre para que las cuentas de los corruptos se llenen hasta rebosar, puedo considerar que el tiempo que he pasado escribiendo este artículo estuvo bien gastado.