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1Organizações pedem a Comissão Africana e especialistas da ONU para intervir no caso dos blogueiros da Zone9Activistas piden a la Comisión Africana y a la ONU intervenir en el caso de los blogueros de «Zone 9»
2[Todos os links neste artigo levam a páginas em inglês, exceto quando assinalado o contrário]
3Sete organizações internacionais que defendem a liberdade de imprensa e direitos humanos, lideradas pela Media Legal Defence Initiative, recorreram a especialistas da Comissão Africana e das Nações Unidas para tratar das detenções e prisões arbitrárias de nove blogueiros, jornalistas e defensores dos direitos humanos da Etiópia.Siete organizaciones de libertad de prensa y derechos humanos, liderados por la Media Legal Defence Initiative [en], han pedido a los expertos de la Comisión Africana [en] y de las Naciones Unidas que se ocupen del arbitrario arresto y encarcelación de nueve blogueros, periodistas y defensores de los derechos humanos etíopes.
4Befekadu Hailu, Atnaf Berahane, Natnael Feleke, Mahlet Fantahun, Zelalem Kibret, e Abel Wabela são membros de um grupo conhecido como “Zone9”, um [am] blog independente que identifica a si mesmo como “um grupo informal de jovens blogueiros etíopes, trabalhando juntos para criar uma narrativa alternativa e independente das condições sócio-culturais na Etiópia”.Befekadu Hailu, Atnaf Berahane, Natnael Feleke, Mahlet Fantahun, Zelalem Kibret y Abel Wabela son miembros del grupo conocido como «Zone9», un blog independiente [en] que se identifica como un «grupo informal de jóvenes blogueros etíopes que trabajan juntos para crear una narración independiente alternativa de las condiciones sociopolíticas en Etiopía».
5A Zone9 é uma plataforma de mídias sociais popular, que tem se tornado um dos principais espaços para campanhas sobre a liberdade de expressão e direitos constitucionais.Zone9 es una popular plataforma de medios sociales que ha ido emergiendo como un espacio líder en campañas por la libertad de expresión y los derechos constitucionales.
6Os seis foram presos nos seus escritórios e nas ruas no dia 25 de abril, depois que suas casas foram revistadas e a polícia confiscou laptops privados e livros.Los seis fueron arrestados en sus puestos de trabajo y en la calle el 25 de abril, y después la policía registró sus casas y confiscó libros y ordenadores portátiles privados.
7Os jornalistas freelancers Tesfalem Waldyes e Edom Kassaye foram presos no mesmo dia e o jornalista Asmamaw Hailegeorgis, do jornal Addis Guday, foi preso no dia seguinte, 26 de abril.Los periodistas freelance Tesfalem Waldyes y Edom Kassaye fueron arrestados [en] el mismo día, y el periodista Asmamaw Hailegeorgis [en] del diario Addis Guday fue detenido al día siguiente, el 26 de abril.
8Imagem da campanha ‘Free Zone 9 bloggers'. Criada por Hugh D'Andrade, remixada por Hisham Almiraat.Imagen de la campaña por la liberación de los blogueros de Zone 9. Creada por Hugh D'Andrade, mezclada por Hisham Almiraat.
9Todos os nove blogueiros, jornalistas e defensores dos direitos humanos foram levados à conhecida prisão de Maekelawi, onde estão sendo mantidos incomunicáveis.Los nueve blogueros, periodistas y defensores de los derechos humanos han sido trasladados a la prisión Maekelawi [en], donde se encuentran incomunicados.
10Familiares receberam a permissão de deixar comida, mas os ativistas tiveram negado o acesso à assessoria jurídica.Se ha permitido que sus familiares les dejen comida, pero se les ha negado el acceso a asesoramiento legal.
11As prisões constituem a mais ampla repressão às opiniões discordantes na Etiópia desde as massivas prisões pós-eleições, em 2005.Los arrestos constituyen el mayor acto de represión de voces disidentes en Etiopía desde los arrestos masivos tras las elecciones [en] de 2005.
12Em um comunicado de imprensa ontem, a alta comissária da ONU, Navi Pillay, expressou a sua preocupação:En una declaración pública, la Alta Comisionada de la ONU, Navi Pillay, expresó sus temores [en]:
13“A luta contra o terrorismo não pode servir como desculpa para intimidar e silenciar jornalistas, blogueiros, ativistas dos direitos humanos e organizações da sociedade civil.«La lucha contra el terrorismo no debe servir de excusa para intimidar y silenciar a periodistas, blogueros, activistas de derechos humanos y miembros de las organizaciones de la sociedad civil.
14E trabalhar com organizações estrangeiras para os direitos humanos não pode ser considerado um crime.Y trabajar con organizaciones extranjeras de derechos humanos no puede considerarse un delito.
15Nos últimos anos, o espaço para vozes discordantes tem sido reduzido dramaticamente na Etiópia… Nos seus esforços para combater o terrorismo, o governo da Etiópia deve cumprir sempre as suas obrigações em relação aos direitos humanos de acordo com o que estabelecem as leis internacionais”.A lo largo de los últimos años, el espacio para las voces disidentes se ha ido estrechando dramáticamente en Etiopía… En su lucha contra el terrorismo, el gobierno etíope debe cumplir escrupulosamente sus obligaciones con los derechos humanos según dictan las leyes internacionales».
16Nenhuma acusação formal foi feita até agora contra os blogueiros e jornalistas, mas a maioria dos jornalistas e defensores de direitos humanos presos na Etiópia nos últimos anos, incluindo Eskinder Nega, Reeyot Alemu e Woubshet Taye, foram enquadrados na Proclamação Antiterrorismo de 2009, uma peça da legislação incrivelmente ampla que tem sido usada para aprisionar numerosos defensores dos direitos humanos e vozes discordantes no país.Oficialmente, hasta ahora no se han presentado cargos contra los blogueros y los periodistas, pero a la mayoría de los periodistas y defensores de los derechos humanos encarcelados en Etiopía en los últimos años, entre ellos Eskinder Nega [en], Reeyot Alemu [en] y Woubshet Taye [en], se les ha aplicado la Declaración Antiterrorista de 2009, un impreciso mecanismo legal que se ha utilizado para encarcelar a numerosos defensores de los derechos humanos y a voces disidentes del país.
17O Apelo Urgente de Media Legal Defense Initivative, East and Horn of Africa Human Rights Defenders Project, CIVICUS, Global Voices, PEN American Center, Committee to Protect Journalists e Electronic Frontier Foundation aos mandatos especiais da Comissão Africana e Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, pede para que estes órgãos intervenham para assegurar a liberação imediata dos nove defensores dos direitos humanos.Las organizaciones Media Legal Defence Initiative, East and Horn of Africa Human Rights Defenders Project, CIVICUS, Global Voices, PEN American Center, Committee to Protect Journalists y Electronic Frontier Foundation presentaron una petición urgente [en] a los comisionados especiales de la Comisión Africana y el Consejo de Derechos Humanos de las Naciones Unidas solicitando que intervengan para asegurar la inmediata liberación de los nueve defensores de los derechos humanos.
18Na carta, as organizações afirmam que as prisões e detenções dos blogueiros e jornalistas da Zone9 em função do seu exercício pacífico do direito de liberdade de expressão são uma violação às obrigações da Etiópia, tanto segundo a Carta Africana sobre os Direitos Humanos e dos Povos, quanto segundo o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos.En su carta, las organizaciones argumentan que los arrestos y encarcelación de los blogueros y periodistas de Zone9 por ejercer pacíficamente su derecho a la libertad de expresión vulneran el compromiso de Etiopía tanto con el Capítulo Africano de los Derechos Humanos y de los Pueblos como con la Convención Internacional de Derechos Civiles y Políticos.
19Especificamente, negar a estes nove prisioneiros acesso à assessoria jurídica é uma clara violação do seu direito a um julgamento justo.Concretamente, negar a esos nueve prisioneros el asesoramiento legal es una clara violación de su derecho a un juicio justo.
20As organizações pediram à União Africana e aos Relatores Especiais da ONU para que ajudem a assegurar a liberação imediata dos ativistas e para que declarem a sua prisão e contínua detenção como uma grave violação aos direitos humanos.Las organizaciones piden a los Relatores Especiales de la ONU y la UA que ayuden a asegurar la inmediata puesta en libertad de los activistas, y que declaren que su arresto y reclusión son una clara transgresión de sus derechos humanos.
21Os especialistas da União Africana e da ONU têm várias opções para tratar desta urgente violação dos direitos humanos.Los expertos de la ONU y la UA tienen varias opciones para intervenir en esta urgente violación de los derechos humanos.
22A Comissão Africana, que teve recentemente a sua 55a sessão em Luanda, na Angola, pode adotar uma resolução para o assunto, condenando as prisões e chamando a Etiópia a liberar imediatamente os defensores dos diretos humanos.La Comisión Africana, que actualmente celebra su 55ª sesión [en] en Luanda (Angola), puede adoptar una resolución condenando los arrestos y exigiendo a Etiopía que libere inmediatamente a estos defensores de los derechos humanos.
23Tanto a União Africana quanto os Relatores Especiais da ONU podem solicitar uma visita à Etiópia para investigar a situação.Tanto la UA como la ONU pueden solicitar una visita a Etiopía para llevar a cabo investigaciones.
24Como atual membro do Conselho dos Direitos Humanos da ONU, a Etiópia estaria obrigada a atender a um pedido como este, baseada nas obrigações definidas pela Resolução 60/251 da Assembleia Geral, que define que membros do Conselho devem “defender os mais altos padrões para a promoção e proteção dos direitos humanos” e “cooperar inteiramente com o Conselho”.Como miembro actual del Consejo de Derechos Humanos de Naciones Unidas, el gobierno etíope debería sentirse obligado a satisfacer esa petición para cumplir sus compromisos con la Resolución 60/251 de la Asamblea General, que determina que los miembros del Consejo deberán «aplicar las normas más estrictas en la promoción y protección de los derechos humanos» y «cooperar plenamente con el Consejo».
25O Apelo Urgente pede aos Mandatos Especiais para que façam com que a Etiópia cumpra com estes compromissos.La petición urgente solicita a los comisionados especiales que exijan que Etiopía cumpla esos firmes compromisos.
26Leia o Apelo aqui (PDF): 20140503 AU UN Urgent Appeal 9 Ethiopian journalistsAquí puede leerse la petición en formato PDF: 20140503 AU UN Urgent Appeal 9 Ethiopian journalists [en].