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#porspa
1PRISM infecta a Rússia com receio de uma guerra cibernéticaPRISM infecta Rusia con el miedo a una ciberguerra
2Preparem-se.Prepárate.
3A guerra cibernética está a caminho.Llega la ciberguerra.
4Desde a semana passada, quando o mundo tomou conhecimento sobre o PRISM, um vasto e secreto programa americano de vigilância electrónica, agentes oficiais russos expressaram as suas renovadas preocupações sobre redes sociais estrangeiras, as quais poderão representar uma ameaça à segurança nacional.Desde que hace unas semanas el mundo supo de PRISM, un amplio programa secreto de vigilancia electrónica, los funcionarios rusos muestran una renovada preocupación sobre la posibilidad de que las redes sociales extranjeras representen una amenaza para la seguridad nacional.
5Um dia após as notícias sobre o programa dos Estados Unidos, no dia 7 de Junho de 2013, o vice-primeiro-ministro Dmitry Rogozin comentou [ru] com os repórteres que páginas como o Facebook e o Twitter são componentes de uma vasta campanha americana contra a Rússia:Al día siguiente de conocerse las noticias sobre el programa estadounidense, el 7 de junio de 2013, el viceprimer ministro Dmitri Rogozin dijo [ru] a los periodistas que sitios web como Facebook y Twitter son elementos de una gran campaña estadounidense contra Rusia:
6Através delas [as redes sociais americanas], existe uma poderosa e continua manipulação da opinião pública - de facto, cada “gosto” e cada “clique” colocam-nos instantaneamente num certo grupo, o qual é então analisado e classificado.A través de ellas [las redes sociales estadounidenses] existe una poderosa manipulación de la opinión pública -efectivamente, cada «me gusta», cada «clic» te envía instantáneamente a cierto grupo que después se analiza y clasifica.
7[…] Ao fazê-lo, aumenta o número de pessoas, as quais começam a receber conteúdo especial que corrói a autoridade e o valor do Estado. […](…) Al hacerlo, es creciente el número de personas que comienzan a recibir contenidos especiales que socavan la autoridad y el valor del estado. (…)
8Dmitry Rogozin, como embaixador russo na OTAN e representante especial sobre defesa de mísseis, 29 de Junho de 2011, foto da Agenda de Segurança e Defesa, CC 2.0.Dmitri Rogozin, como embajador ruso ante la OTAN y enviado especial para la defensa antimisiles, 29 de junio de 2011. Foto de Security & Defence Agenda, CC 2.0.
9No dia 11 de Junho, numa carta [en] dirigida a Rogozin e outras figuras de segurança, Ilya Kostunov, um deputado da Duma, pediu uma regulamentação mais restrita no que respeita à actividade de oficiais estaduais na Internet, devido à preocupação de que burocratas russos discutam abertamente ou façam o upload de segredos governamentais em comunicações através de websites americanos (nomeadamente, o serviço de correio electrónico do Google, o Gmail).El 11 de junio, en una carta [ru] a Rogozin y otras figuras de la seguridad, Ilya Kostunov, diputado de la Duma, pidió una legislación más restrictiva para la actividad en Internet de los funcionarios, basándose en que habitualmente los burócratas discuten o mencionan secretos del gobierno en comunicaciones alojadas en sitios web estadounidenses (concretamente en Gmail, servicio de correo electrónico de Google).
10Numa conversa [ru] através do Twitter, Kostunov falou sobre a possível implementação das suas propostas de regulamentações, mas deparou-se com algumas discórdias no que respeita à necessidade de uma legislação adicional e de uma própria classificação criminal para o upload de materiais secretos para um servidor estrangeiro.En una conversación [ru] en Twitter, Kostunov debatió la posible implementación de sus propuestas, mostrando cierto desacuerdo sobre la necesidad de leyes adicionales y sobre la forma adecuada de clasificar como delito la publicación de material secreto en un servidor web extranjero.
11O especialista em comunicações Petr Pervushkin argumentou [ru] que uma rede virtual fechada destinada a comunicações privadas já existe dentro do governo russo já há sete anos, ainda que outro utilizador do Twitter coloque essa figura [ru] mais próximo de quatro anos.Petr Pervushkin, experto en comunicaciones, argumentó [ru] que durante siete años ya existió en el gobierno ruso una red virtual cerrada para las comunicaciones privadas, aunque otro usuario de Twitter redujo esa cifra [ru] a unos cuatro años.
12Apenas o funcionário do partido russo Aleksandr Luchin mencionou a existência de regras, já em acção, que proíbem a discussão de segredos de Estado na Internet em websites como o Google e o Facebook, mas admitiu [ru] que as regulamentações não estipulavam nenhuma penalização.Aleksandr Luchin, funcionario del partido Rusia Justa, señaló que ya hay leyes que prohíben discutir secretos de estado en sitios web como Google y Facebook, pero reconoció [ru] que no han servido para imponer sanciones.
13Luchin propôs ligar tais infracções ao código criminal existente para divulgação de segredos estatais (embora, não tenha especificado [ru] se se referia ao Artigo 283 ou 284, os quais ameaçam com uma pena de prisão máxima de quatro e três anos, respectivamente), ao passo que Kostunov defendeu que tais acções deveriam ser consideradas como traição (Artigo 275), o qual acarreta uma sentença de prisão até 20 anos. (Foi esta investida para classificar o delito como traição que levou o repórter Leo Mirani, da qz.com, a declarar [en], talvez através de uma hipérbole, que a Rússia está “a intensificar a sua guerra contra as redes sociais. ”)Luchin propuso vincular estas infracciones al código penal que castiga la revelación de secretos de estado (aunque no especificó [ru] si estaba pensando en el artículo 283 o en el 284, que amenazan con penas de prisión de hasta cuatro y tres años, respectivamente), mientras que Kostinov defendía equiparar este comportamiento con la traición (artículo 275), que conlleva una pena de hasta veinte años de prisión (este intento de clasificar el delito como traición hizo que el periodista Leo Mirani, de qz.com, declarase [ru], quizás exageradamente, que Rusia «intensifica su guerra contra las redes sociales»).
14Entretanto, o blogger e guru da RuNet Anton Nosik afirma [ru] que o director de estação televisiva se recusou a emitir a sua mais recente participação na OTR, o novo canal de televisão pública na Rússia, quando durante as filmagens Nosik criticou os comentários de Rogozin sobre a suposta guerra cibernética americana contra a Rússia.A su vez, Anton Nosik, bloguero y gurú de la RuNet sostiene [ru] que la administración de la cadena rechazó emitir su reciente aparición en OTR, el nuevo canal público de televisión ruso, porque durante la grabación criticó los comentarios de Rogozin sobre la supuesta ciberguerra estadounidense contra Rusia.
15Nosik fez parte de um episódio do programa “A Rede Social” (The Social Network em inglês), ao responder a uma série de questões relacionadas com a RuNet, tendo sido a primeira sobre as observações de Rogozin.Nosik participó en un episodio del programa «La red social», respondiendo a una serie de preguntas relacionadas con la RuNet que comenzó con una sobre las afirmaciones de Rogozin.
16Depois de quatro dias de silêncio após a sua visita ao estúdio televisivo, Nosik dirigiu-se ao LiveJournal por uma segunda vez para comentar [ru] sobre a curiosa ausência do seu aparecimento no website oficial [ru] da OTR:Tras cuatro días de silencio después de la visita al estudio, Nosik recurrió a LiveJournal por segunda vez para comentar [ru] la extraña ausencia de su intervención en la web oficial [ru] de OTR:
17Assim como eu esperava, a minha entrevista […] não apareceu em parte alguma dos arquivos misteriosos [da televisão], ou até mesmo no website.Como esperaba, mi entrevista (…) no ha aparecido en ninguna parte del misterioso archivo [de la cadena], ni siquiera en su sitio web.
18Porque, aparentemente, para este canal de televisão súper independente, as figuras intocáveis não são unicamente Putin e Sobyanin, mas incluem também o vice-primeiro-ministro Rogozin.Porque resulta que para esta cadena superindependiente, las figuras intocables no se limitan a Putin y Sobyanin, sino que también incluyen al viceprimer ministro Rogozin.
19Mais vale a OTR começar a difundir programas sobre gatinhos, cãezinhos e culinária.Para eso, OTR podria emitir programas de gatitos, perritos y cocina.
20Nosik raramente responde às centenas de comentários dos leitores assíduos das suas publicações no seu blog, contudo, um membro da audiência conseguiu provocar uma reacção, quando acusou [ru] Nosik de adaptar uma abordagem “inapropriada para a televisão,” argumentando que Nosik tinha criticado Rogozin mal a emissão do programa tinha começado, sem uma “nuance” ou sequer estabelecer primeiro o contexto para a sua crítica.Nosik no suele responder a los cientos de comentarios de los lectores que siguen sus publicaciones en el blog, pero uno de ellos provocó una reacción, al acusar [ru] a Nosik de adoptar una postura «poco apropiada para la televisión», argumentando que atacó a Rogozin muy al principio del programa, sin «matices» y sin establecer primero el contexto de sus críticas.
21Nosik escreveu uma resposta [ru] para dizer que nunca se tinha deparado com tal problema em centenas de entrevistas já dadas em outros canais de televisão durante os últimos vinte anos.Nosik contestó [ru] diciendo que nunca se ha encontrado esos problemas en los cientos de entrevistas que ha concedido a otros canales de televisión a lo largo de los últimos veinte años.
22Embora seja verdade que a OTR ainda não tenha emitido ou até mesmo publicado no seu website o segmento de Nosik, a sua entrevista de treze minutos pode ser vista no canal oficial da OTR no YouTube (acima).Aunque es cierto que ORT aún tiene que emitir o publicar en su sitio web la intervención de Nosik, su entrevista de 30 minutos puede verse en el canal oficial de ORT en YouTube (ver arriba).
23Os problemas da estação com Nosik apareceram na mesma semana que outro escândalo de censura [ru] em volta de um outro episódio de “A Rede Social”, onde os anfitriões Vladislav Sorokin e Ekaterina Voronina fizeram uma brincadeira com o recente divórcio de Vladimir Putin, ao partilhar um falso perfil [en] no website de encontros mashable.com do agora solteiro Presidente da Rússia.Los problemas de la cadena con Nosik coinciden en la misma semana con otro escándalo de censura [ru] que afecta a un episodio no emitidos de «La red social», en el que los presentadores Vladislav Sorokin y Ekaterina Voronina se mofaban del reciente divorcio de Vladimir Putin, haciendo público el falso perfil para citas [en] en mashable.com del ahora soltero jefe de estado ruso.
24Quando a estação se recusou a emitir o episódio “por razões técnicas” [ru], Sorokin e Voronina anunciaram nas suas páginas do Facebook [ru] que se iriam demitir do programa no final do mês.Cuando la cadena declinó emitir el episodio «por razones técnicas» [ru], Sorokin y Voronina anunciaron en Facebook [ru] que dimitirían del programa a final del mes.