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1Empreendedorismo, Cultura e Solidariedade na ÁfricaIniciativa empresarial, cultura y solidaridad en África
2Desde o início dos anos 2000, o empreendedorismo na África [fr] tem apresentado um forte crescimento [fr].Desde principios del 2000, la iniciativa empresarial en África [fr] ha experimentado un fuerte crecimiento orgánico [fr].
3Contudo, esse desenvolvimento não se irradiou por todos os setores do mercado e de modo frequente parece limitar-se à prestação de serviços e ao comércio.Sin embargo, este desarrollo no se ha extendido en todos los sectores del mercado y a menudo parece estar limitado a las industrias de servicios y comercio.
4A África possui 65 milhões de Pequenas e Médias Empresas (PMEs) [fr], apesar disso ainda está trabalhando com afinco para desenvolver uma classe de empresários locais para gerir atividades estratégicas, especificamente exportação de matérias primas agrícolas, mineração, transportes e prestação de serviços públicos, nas quais o mercado frequentemente lança mão de gestores estrangeiros.África tiene 65 millones de pequeñas y medianas empresas (SMEs) [fr]. Aun así, se sigue luchando para desarrollar una clase de empresarios locales que gestionen las industrias estratégicas, en concreto la exportación de materias primas agrícolas, minería, transporte y obras públicas industriales, donde el mercado acostumbra a quedarse con directores extranjeros.
5Simultaneamente, o entusiasmo dos investidores com a África, que muitos veem como o mais recente Eldorado para os que procuram uma alternativa aos mercados asiáticos, influencia as políticas dos governos locais que estão interessados em desenvolver seus setores privados.A pesar de todo, el entusiasmo de los inversores en África, que muchos ven como la última fiebre de oro para los que buscan una alternativa a los mercados asiáticos, repercute a las políticas gubernamentales locales, las cuales se ocupan del desarrollo del sector privado.
6O último relatório [fr] do Banco Mundial indica que as reformas levadas a efeito pela maioria dos governos africanos aperfeiçoou o ambiente para os negócios nos domínios administrativo, fiscal e regulatório.EL último informe [fr] del World Bank indica que las reformas que han acometido la mayoría de los gobiernos africanos han mejorado el entorno empresarial en el terreno administrativo, fiscal y normativo.
7Usina da Companhia Senegalesa de Açúcar (Senegal), por Manu25, na Wikipedia, sob licença Creative CommonsFábrica de caramelos de la Compañía azucarera senegalesa (Senegal). De Wikipedia, por Manu25, bajo licencia de Creative Commons.
8Numerosos acadêmicos e pesquisadores examinaram a influência das práticas culturais a fim de compreender a aventura empresarial na África.Gran cantidad de académicos e investigadores ha examinado la influencia de las prácticas culturales con el fin de entender la aventura emprendedora en África.
9Suas pesquisas os conduziram a levar em consideração o peso de valores culturais e de princípios arraigados na psique dos homens de negócios africanos para avaliar o sucesso dos empresários.Sus investigaciones les llevaron a considerar el peso de los principios y los valores culturales, fuertemente anclados en la psicología colectiva de los empresarios africanos, con tal de evaluar los factores del éxito de sus emprendedores.
10A questão da irracionalidade das escolhas econômicas dos dirigentes empresariais africanos, face à pressão social da etnia ou de suas famílias estendidas, por exemplo, foi objeto de estudos profundos.La irracionalidad de las decisiones económicas de los empresarios africanos, los cuales se enfrentan a la presión social de tipo étnico o por la extensión de sus familias, ha sido ampliamente estudiada.
11Histórias de sucesso na África - líderes empresariais africanos bem sucedidos de news21TV.Historias exitosas en África - Líderes emprendedores y con éxito en África,
12Com M.de la news21TV, con M.
13Dogui, presidente do clube AfricagoraDogui, presidente del club Africagora.
14Valores tradicionais africanos frente à economia liberalLos valores tradicionales africanos se enfrentan a la economía liberal
15Kabeya Tshikuku, professor do Instituto de Pesquisa Econômica e Social (IRES) da Universidade de Kinshasa, explica que a lógica empresarial está obrigando os formuladores de políticas africanos a fazer uma escolha difícil entre os valores fundamentais de sua civilização (solidariedade familiar, bem-estar do próximo e formas espontâneas de apoio) e a administração empresarial, vinculada à busca de lucro desprovida de respeito humano.Kabeya Tshikuku, profesor en el instituto de investigaciones económica y sociales “IRES” en la Universidad de Kinshasa, ha sostenido que la lógica empresarial está forzando a las autoridades africanas a tomar una difícil decisión entre los valores fundamentales de sus habitantes (la solidaridad familiar, el bienestar de los suyos y otras plataformas de soporte) y la administración empresarial, vinculada a la búsqueda del beneficio desprovisto de consideración humana.
16As bases do capitalismo, utilitarismo e individualismo, encontraram grande resistência [en] no inconsciente africano.Las raíces del capitalismo, la utilidad y el individualismo han encontrado más resistencia en la psicología africana.
17A África e os africanos não são culpáveis por nenhum pecado de irracionalidade.Ni África ni los africanos son culpables de ningún delito de tipo irracional.
18Os fatores culturais encontram-se noutro lugar, no que concerne aos problemas do desenvolvimento.El tema “cultural” está en todas partes, en lo que se refiere al desarrollo.
19Eles estão inteiramente na distinção feita por cada cultura entre os “valores fundamentais da civilização” e os “ valores instrumentais”.Radica por completo en la distinción que hace cada cultura entre “valores fundamentales de la civilización” y los “valores efímeros”.
20Do ponto de vista estritamente cultural, dois sistemas estão competindo pela consciência das pessoas e pela alocação de recursos.Desde el punto de vista estrictamente cultural, hay dos sistemas que compiten por la lealtad de las personas y por la asignación de recursos.
21[…] Colocando de maneira mais clara, a África está navegando entre dois sistemas concorrentes de cultura, o sistema arcaico de gestão de recursos humanos e a (revolucionária?) administração de bens.[…] Para decirlo claramente, África está navegando entre dos sistemas culturales competidores: el sistema retrógrado de gestión de las personas y la “administración revolucionaria de las cosas”.
22As razões de existência e de ação ainda não perderam completamente suas raízes no sistema pré capitalista e ainda não se enraizaram no sistema capitalista.Las razones para la existencia y la acción aún no han perdido completamente sus raíces en el sistema pre-capitalista, pero aún no se han arraigado al sistema capitalista.
23O antigo contexto de solidariedade não se desintegrou totalmente, o novo contexto de individualismo capitalista não terminou sua marcha.El antiguo marco de la eterna solidaridad no se ha desintegrado totalmente y el nuevo marco de individualismo capitalista no ha terminado de instaurarse.
24Combinar solidariedade e crescimentoLa combinación de la solidaridad y el crecimiento
25O crescimento sustentado do PIB do continente durante a última década indica que o capitalismo, racional e individualista, instala-se de maneira progressiva ainda que desigual sobre todo o continente.El crecimiento que alimentó el PIB del continente en la última década indica que este capitalismo racional e individualista se instala progresivamente aunque de manera desigual en todo el territorio.
26Ele penetra a consciência coletiva na mesma proporção da eficiência e mesmo da agressividade das reformas levadas a cabo pelos governos para dinamizar o setor privado.Penetra en la conciencia pública, a discreción de la eficiencia o la agresividad de las reformas emprendidas por el gobierno para impulsar el sector privado.
27A governança corporativa tornou-se um tema central para a comunidade empresarial notadamente após a onda do escândalo ENRON nos Estados Unidos.El gobierno corporativo se ha convertido en un tema central para la comunidad empresarial, especialmente después del impactante escándalo Enron en los Estados Unidos.
28Saberão os empresários africanos como integrar os princípios da governança corporativa para colocar o procedimento solidário e a primazia do grupo sobre o indivíduo a serviço da empresa?¿Van a saber los emprendedores africanos cómo integrar los principios del gobierno corporativo con la filosofía ubuntu, donde el grupo pasa por delante del individuo?
29O ex-Ministro do Investimento, Indústria e Comércio do Mali, Amadou Abdoulaye Diallo, destacou que a África é o exemplo por excelência do paradoxo.El ex ministro de Inversión, Industria y Comercio de Malí, Amadou Abdoulaye Diallo, señaló que África es un excelente ejemplo de la paradoja.
30Ele explica [fr] a Célia d'ALMEIDA no Jornal do Mali:Se lo explica [fr] a Célia d'ALMEIDA en el diario Journal du Mali:
31Na década passada o ambiente socioeconômico na África era considerado desfavorável à criação e ao desenvolvimento de empresas.Hace una década, el entorno socio-económico africano estaba considerado como desfavorable para la creación y el desarrollo de proyectos empresariales.
32Em alguns países a estrutura do sistema legal empresarial é desestimulante devido a sua incipiência, haja vista a falta de acesso ao crédito, o acesso difícil a informações sobre oportunidades de negócios, a falta de apoio a jovens empresários (inexistência de incubadoras de empresas) e a insuficiência de mão de obra qualificada para a gestão de empresas.En algunos países, el marco legal de los negocios deja lugar a pocos incentivos, debido a debilidades tales como la falta de acceso al crédito, la escasa información sobre oportunidades de negocio, la falta de apoyo a jóvenes emprendedores (inexistencia de viveros de empresas) y la insuficiente mano de obra para la gestión de la compañía.
33Junte-se a isso a falta de estratégia política.A todo esto se añade la falta de estrategia política.
34Contudo, há alguns anos países africanos como o nosso iniciaram reformas importantes para facilitar a criação de empresas e oferecer um clima favorável ao desenvolvimento empresarial.Sin embargo, más recientemente, países africanos como el nuestro, han emprendido grandes reformas para facilitar la creación de negocios y proporcionar un clima favorable para el desarrollo empresarial.
35Nos Camarões, Richard Ewelle no Kamer Blog conclui [fr], sobre a cultura e o empreendedorismo na África:En Camerún, el artículo de Richard Ewelle en el Kamer Blog concluye [fr] con la cultura y la iniciativa empresarial en África:
36O desenvolvimento empresarial na África passará passará pela criação de um conceito de empreendedorismo africano e não necessariamente pela cópia do existente no exterior.El desarrollo de la iniciativa empresarial en África requerirá la creación del concepto de “la iniciativa empresarial africana”, y no necesariamente una copia exacta de lo que ésto es en el extranjero.
37Devemos associar as melhores práticas ocidentais em matéria de criação de empresas ao contexto e aos conceitos africanos.Tenemos que combinar las mejores prácticas para la creación de un contexto empresarial occidental según los conceptos africanos.
38O conceito de empreendedorismo africano será baseado na valorização da cultura africana e também no desenvolvimento solidário impulsionando o ambiente socioeconômico.El concepto de la iniciativa empresarial africana se basará en los valores culturales africanos, pero también en desarrollar una solidaridad que promueva el entorno socio-económico.