# | por | spa |
---|
1 | Egito: Khaled Said – Um Assassinato de Emergência por uma Lei de Emergência | Egipto: Khaled Said – Un asesinato de emergencia por una ley de emergencia |
2 | Este post é parte de nossa cobertura especial Protestos no Egito em 2011. | |
3 | Khaled Said antes de ser torturado | Khaled Said antes de ser torturado |
4 | Khaled Said, um egípcio de 28 anos da cidade costeira de Alexandria, foi supostamente torturado até a morte nas mãos de dois policiais que queriam revistá-lo usando a lei de emergência. | Khaled Said, un chico de 28 años de la ciudad costera de Alejandría, fue presuntamente torturado hasta la muerte a manos de dos oficiales que quisieron cachearle bajo la Ley de Emergencia. |
5 | Assim terminou a história: ele perguntou por alguma razão ou mandato - eles o mataram. | Preguntó el por qué y pidió una orden judicial, y ellos lo mataron. |
6 | “A lei de emergência é uma ferramenta nas mãos do poder executivo para atropelar muitos direitos básicos e a liberdade garantidos pela Constituição Egípcia” explica a Federação Internacional pelos Direitos Humanos. | “La Ley de Emergencia es una herramienta empleada por el poder ejecutivo para atentar en contra de numerosos derechos básicos y libertades garantizados por la Constitución egipcia”, explica la Federación internacional de los Derechos Humanos [en]. |
7 | [En] Somos todos Khaled Said [En] é uma página do Facebook criada após seu assassinato condenando a brutalidade policial. | We are all Khaled Said (Todos somos Khaled Said) es una página de Facebook que fue creada tras su asesinato condenando así la brutalidad policial. |
8 | Seu criador escreveu em árabe e inglês: | Su creador escribió en árabe y en inglés: |
9 | É a trágica história de um jovem que foi brutalmente assassinado! | ¡Es una historia trágica de un joven brutalmente asesinado! |
10 | Por que? | ¿Por qué? |
11 | Ele se recusou a ser tratado de forma desumana por dois ferozes policiais que não tinham direito algum de agir da maneira como agiram; tratando pessoas como ovelhas e considerando os cidadãos como inferiores. | Porque se negó a ser tratado de manera inhumana por dos policías salvajes que no tenían ningún derecho de hacer lo que estaban haciendo: amenazar a la gente como borregos y considerar a los ciudadanos inferiores. |
12 | A história começou em 7 de junho de 2010 quando Khaled Saeed foi até seu usual cyber-cafe em Sidigaber… Então, dois selvagens policiais - Mahmoud Alfallah e Awaad Elmokhber/o detetive - invadiram aquele cyber-cafe exigindo documentos das pessoas, o que está completamente além de sua autoridade e sem qualquer permissão judicial. | La historia empezó el 7 de junio del 2010, cuando Khaled Saeed fue a su cibercafé de siempre en Sidigaber… Dos salvajes detectives de policía (Mahmoud Alfallah y Awaad Elmokhber/el detective) entraron en la cafetería y pidieron a la gente su documento de identidad, lo que no les corresponde en absoluto y para lo que no tienen permiso legal. |
13 | Ele - Khaled - rejeitou aquele tratamento desumano e consequentemente foi atacado brutalmente, chutaram seu peito e barriga e sua cabeça foi esmagada contra o balcão de mármore diante de todas as pessoas e testemunhas no cyber-cafe, enquanto Khaled sangrava. | Khaled rechazó este trato inhumano, por lo que fue brutalmente atacado, le dieron fuertes patadas en el pecho y en el vientre, y le golpearon en el cráneo con el mostrador de mármol delante de toda la gente y de testigos en la cafetería, mientras que Khaled sangraba. |
14 | Em seguida, os ferozes policias sequestraram Khaled, o colocando dentro da viatura policial para continuar a tortura até a morte na delegacia. | A continuación, los brutos policías se lo llevaron y lo metieron en el coche de policía para seguir torturándolo hasta la muerte en la comisaría. |
15 | Por fim, eles jogaram seu corpo na rua para alegarem que ele foi atacado por quaisquer estranhos para evitar serem responsabilizados. | Finalmente, tiraron su cadáver a la calle afirmando que había sido atacado por extranjeros para eludir su responsabilidad. |
16 | De acordo com o que descobrimos, há uma sistematica campanha para aterrorizar as testemunhas e prevení-las de testemunhar o que viram no cyber-cafe… O caso de Khaled não é nem será o único, há várias pessoas que tiveram o mesmo destino, desapareceram apenas para voltarem mortas. | Según lo que sabemos, existe una campaña sistemática para atemorizar a los testigos e impedir que testifiquen sobre lo que vieron en la cafetería…. El caso de Khaled ni es ni será el único; hay un gran número de personas que tuvieron la misma suerte y desaparecieron y murieron. |
17 | Tudo isso é o resultado de um sistema opressor controlado por Mubarak através da lei de emergência, que cede à polícia o direito de tratar os moradores como escravos. | Todo esto es resultado del sistema de opresión que emplea Mubarak para controlar Egipto bajo la Ley de Emergencia, que da a la policía total libertad para tratar a los habitantes como esclavos. |
18 | Portanto, nós, os apoiadores do grupo pela mudança no Egito, pedimos a todos que interfiram e forcem as autoridades a explicar o que aconteceu ao público, e a condenar o ato de forma veêmente. | Así pues, los seguidores del grupo por el cambio en Egipto te necesitan para intervenir y obligar a las autoridades a investigar y explicar al público lo que sucedió y condenarlo firmemente. |
19 | Wael Nawara diz que Khaled foi vítima de uma constituição podre [Ar para todos os links abaixo]: | Wael Nawara dice que Khaled fue víctima de una constitución corrupta: |
20 | Os dois policias não mataram Khaled; ele foi morto por uma constituição falha. | No fueron los dos oficiales quienes mataron a Khaled, sino una constitución imperfecta. |
21 | O assassino de Khaled vai continuar a andar livremente, matando muitos mais, porque acreditamos que mudar a constituição é uma extravagância; porque acreditamos que é melhor estar seguro e quieto do que se arrepender depois. | El asesino de Khaled deambulará libremente matando a muchos más porque creemos que es un lujo cambiar la Constitución; porque pensamos que estamos mejor en silencio que lamentándonos. |
22 | Khaled não foi capturado durante um protesto; ele estava em um cyber-cafe. | No detuvieron a Khaled en una manifestación, sino que él estaba en un cibercafé. |
23 | Ele foi morto por exigir uma razão para ser revistado. | Fue asesinado por preguntar por qué lo estaban cacheando. |
24 | O sistema é protegido por bandidos que são responsáveis pela nossa “segurança”… e as pessoas não podem nem lutar contra os bandidos nem mudar o sistema. | El sistema se encuentra protegido por babosos que son los responsables de “nuestra seguridad”… y la gente no puede ni luchar contra ellos ni cambiar el sistema. |
25 | Amr Salama - um ávido combatente da lei de emergência - escreveu: | Amr Salama (un ferviente luchador en contra de la Ley de Emergencia escribió: |
26 | O único crime de Khaled foi perguntar ao policial: Por quê você quer me revistar? | El único crimen de Khaled fue preguntar al oficial: ¿Por qué quieres cachearme? |
27 | Este é um crime cuja resposta é ser arrastado até a delegacia como um criminoso e ser torturado até a morte. | Se trata de un crimen por el que merece que lo lleven a la comisaría como un criminal y que le torturen hasta la muerte. |
28 | Vamos assumir que Khaled realmente cometeu alguma infração, isso dá aos policiais o direito de desumanizá-lo dessa forma? | Supongamos que Khaled ofendió de algún modo, ¿esto le da derecho a los oficiales de tratarle de una manera tan inhumana? |
29 | Que direitos possuímos se não podemos nem perguntar ou se opor. | ¿Qué derechos tenemos si no podemos ni preguntar ni oponernos? |
30 | Abdel Rahman Fares lamentou por Khaled dizendo: | Abdel Rahman Fares homenajeó a Khaled diciendo: |
31 | Estou realmente curioso para saber a justificativa dos policiais: o que eles escreveram em seu relatório? | Estoy intrigado por la justificación que dieron los oficiales; ¿qué escribieron en su informe? |
32 | Eles escreveram que o cidadão pirou e se espancou até a morte? | ¿Escribieron que el ciudadano se empujó y golpeó a sí mismo hasta la muerte? |
33 | Ou que ele morreu de um súbito ataque cardíaco? | ¿O que murió de un repentino infarto al corazón? |
34 | Isso é pura blasfêmia! | ¡Es una gran blasfemia! |
35 | Eu sei que alguns policias agridem pessoas em custódia mas eles fazem um esforço para não deixar marcas visíveis, só que olhando para as fotos de Khaled - isso é apenas mera brutalidade; ele foi vítima de um sádico doente. | Sé que algunos oficiales golpean a los detenidos, pero se aseguran de no dejar rastro; en cambio, mira las fotos de Khaled, ¡qué brutalidad! Fue víctima de un sádico enfermo. |
36 | Por favor, alguém me responda: esse policial ainda está empregado? | Que alguien me responda, por favor: ¿Sigue con trabajo este oficial? |
37 | Em qualquer país civilizado, um incidente como esse seria o suficiente para que o governo renunciasse, os responsáveis por esse assassinado seriam julgados, e o julgamento do Ministro do Interior e dos policiais deveria ser público. | En cualquier país civilizado y decente, un incidente como tal hubiera bastado al gobierno para dimitir, se hubiera juzgado a los responsables de este asesinato y hubiera sido público el juicio al Ministro del Interior y a los oficiales. |
38 | Eu exijo a punição máxima por esse crime. | Pido la pena máxima por este crimen. |
39 | No Facebook, o Dr. Ayman Nour [En] escreveu uma nota condenando o regime por esse crime hediondo, o narrando em detalhes horripilantes: | En Facebook, el Dr. Ayman Nour escribió una nota condenando al régimen por un terrible crimen, dando los espeluznantes detalles: |
40 | Khaled não era um terrorista ou um fugitivo; ele não era procurado vivo ou morto. | Khaled no era ni un terrorista ni un fugitivo; no se le quería ni vivo ni muerto. |
41 | Ele não era uma ameaça a nada nem ninguém nessa vida - vida esta da qual ele foi privado! | Nunca fue una amenaza para nada ni para nadie en su vida, ¡la vida que le arrebataron! |
42 | Khaled morreu sem saber seu crime ou erro. | Khaled murió sin saber su crimen o su culpa. |
43 | Ninguém sabe porquê ele tinha que morrer. | Nadie sabe por qué tuvo que morir. |
44 | Dr. Nour publicou fotos da vítima AQUI (AVISO: CONTEÚDO MUITO VIOLENTO, PODE SER OFENSIVO PARA ALGUNS OBSERVADORES). | El Dr. Nour publicó fotos de la víctima AQUÍ (¡CUIDADO!: SON MUY FUERTES Y PUEDEN HERIR LA SENSIBLIDAD DE ALGUNOS LECTORES). |
45 | Até o momento de escrita desse artigo, haviam aproximadamente 340 comentários nas fotos. | Hasta el momento en el que se escribió esta entrada, había ya casi 340 comentarios en las fotografías. |
46 | Appy e Kareem Beheiry lamentaram pela vítima em seus blogs e compartilharam as mesmas fotos. | Appy y Kareem Beheiry homenajearon a la víctima en sus blogs y compartieron las mismas fotografías. |
47 | Princess Sara está assustada. | Princess Sara estaba asustada. |
48 | Ela escreveu: | Escribió: |
49 | Meu coração está doendo! | ¡Me duele el corazón! |
50 | Estou tão assustada! | ¡Estoy tan asustada! |
51 | Estou tentando me colocar no lugar dele. | He estado intentando ponerme en su lugar. |
52 | Estou muito preocupada com meu irmão; eu sei que ele é exatamente como Khaled e não vai aceitar qualquer violação de seus direitos constitucionais. | Estoy considerablemente preocupada por mi hermano; él es igual que Khaled y no aceptará ninguna violación de sus derechos constitucionales. |
53 | Não sei para onde esse país está indo e não entendo porquê coisas assim estão acontecendo. | No sé hacia dónde se dirige este país y no entiendo por qué ocurren cosas así. |
54 | Pobre rapaz! | ¡Qué pena de niño! |
55 | Ele parecia decente e bem educado. | Parecía decente y bien educado. |
56 | Que ele descanse em paz. | Descanse en paz. |
57 | Ramez Abbas escreveu uma ode a ele: | Ramez Abbas le escribió un poema: |
58 | Khaled! | ¡Khaled! |
59 | Você é lamentado agora por homens covardes e mulheres indefesas. | Te están llorando en estos momentos hombres cobardes y mujeres desamparadas. |
60 | O que eles podem fazer? | ¿Qué pueden hacer? |
61 | Eles vão apenas chorar por algum tempo e então continuar com suas vidas; Eles torcerão na Copa do Mundo, se divertirão, farão sexo - este é o Egito, meu querido. | Ellos llorarán solamente durante un momento y, luego, volverán a sus vidas; Animarán el Mundial, se divertirán, tendrán sexo… Esto es Egipto, cariño. |
62 | Nós não temos orgulho nem dignidade. | No tenemos ni orgullo ni dignidad. |
63 | Você deverá retornar ao seu criador, mas nossas mãos estão vermelhas com seu sangue; Somos parceiros no crime. | Volviendo a tu creador, deberías irte, pero nuestras manos están rojas por tu sangre; Somos cómplices del crimen. |
64 | Estávamos em silêncio e continuamos em silêncio; Chorando e implorando ante uma justiça cega. | Estamos callados y seguimos en silencio; Llorando y rogando al tener una justicia ciega. |
65 | E daí? | ¿Y qué? |
66 | Um de nós foi morto? | ¿Uno de nosotros ha sido asesinado? |
67 | O mundo todo sabe o quão assustados somos de nossa própria inteligência. | Todo el mundo sabe el miedo que tienen nuestros testigos. |
68 | Somos mestres do combate verbal e da lamentação. | Hemos controlado los llantos y los combates verbales. |
69 | Mas quando o assunto é o nosso sistema e lutar por nossos direitos, Nos encolhemos e ajoelhamos perante a lei e nosso sistema ilegal. | Pero cuando vuelve a nuestro sistema y, al luchar por nuestros derechos, Nos encogemos de miedo y nos arrodillamos ante la ley y nuestro sistema ilegal. |
70 | Dane-se a lei! | ¡Maldita ley! |