Sentence alignment for gv-por-20120528-31398.xml (html) - gv-spa-20120512-222620.xml (html)

#porspa
1Quênia: Mark Kaigwa para o Global Voices: “O Oriente está Chegando à África”Kenia: Mark Kaigwa para Global Voices: “Oriente se está desplazando a África”
2[Os links levam para páginas em inglês, a não ser quando marcados de outra forma.]Mark Kaigwa [de] es un bloguero keniano y consultor mediático con sede en Nairobi.
3Mark Kaigwa é um blogueiro e consultor de mídias queniano sediado em Nairóbi, cujo trabalho é “auxiliar empresas internacionais e marcas africanas a se conectarem umas às outras para desenvolver a criatividade”.Su trabajo tiene como objetivo “ayudar a las empresas extranjeras y a las marcas africanas a conectarse para incentivar la creatividad”. Ha sido además realizador de cine [en] y fue miembro del jurado en los Kenyan Bloggers Awards que tuvieron lugar el pasado 5 de mayo.
4Ele é também um ex-cineasta e foi jurado no evento Kenyan Bloggers Awards [Prêmio Blogueiros Quenianos, em inglês] de 2012 que ocorreu no dia 5 de maio.“Silicon Savanna: Cómo la tecnología africana está cambiando el mundo” fue la sesión que ofreció Mark para clausurar la conferencia re:publica [en].
5Na Conferência re:publica, realizada entre os dias 2 e 4 de maio de 2012, na sessão “Savana do Silício, como as tecnologias africanas estão transformando o mundo”, ele se dedicou a ilustrar as mudanças de imagem da África - uma mudança de clichês de crise, guerra ou mesmo de maravilhas da natureza para uma África que está mostrando ao mundo um caminho para incentivar desenvolvimento num ambiente competitivo, especificamente por meio da utilização de tecnologias móveis.La charla ilustró el cambio que se está produciendo en la imagen de África. Un cambio de los clichés de la crisis, la guerra o, incluso, las maravilas naturales, a una África que está mostrando al mundo una forma de fomentar el desarrollo en un entorno competitivo, sobre todo mediante el uso de las tecnologías móviles.
6Global Voices foi atrás de Mark durante a re:publica para descobrir sobre suas esperanças e seus sonhos relativos ao futuro digital da África.Global Voices tuvo un encuentro con Mark en la conferencia re:publica para comprender mejor sus esperanzas y sueños sobre el futuro digital de África.
7Mark Kaigwa.Mark Kaigwa.
8Foto por Suzanne LehnFoto de Suzanne Lehn
9Global Voices Online (GV): Quando e de que forma você se envolveu com blogs?Global Voices Online (GV): ¿Cuándo y cómo comenzaste tu andadura en el blogueo?
10Mark Kaigwa (MK): Comecei a atuar como blogueiro em 2007- 2008, primeiramente com um blog pessoal.Mark Kaigwa (MK): Empecé a bloguear entre el 2007 y 2008, primero con un blog personal.
11Queria me expressar para que outros no mundo pudessem me ouvir e escutar.Quería expresarme para que alguien en el mundo oyera mi voz y la escuchara.
12Agora administro três blogs: o meu blog pessoal mark.co.ke - onde dou minhas opiniões pessoais sobre criatividade em tecnologia africana, o afrinnovator.com - com foco em tecnologia, empresas iniciantes, quem está trazendo dinheiro e onde; e o africandigitalart.com - sobre animação, ilustração, desenho gráfico, numa palavra, tudo sobre a combinação entre arte e tecnologia.Ahora manejo tres blogs: mi blog personal, mark.co.ke [en], donde aporto mi punto de vista sobre la creatividad en la tecnología africana; afrinnovator.com [en], centrado en la tecnología, las start-ups, quién está invirtiendo dinero y de dónde viene; y africandigitalart.com [en], que trata sobre animación, ilustración y diseño gráfico, en resumen, todo sobre la combinación de arte y tecnología.
13Exibe, por exemplo, artistas e suas reações às rebeliões na África do Norte.Por ejemplo, respuestas de artistas a las revueltas que ocurren en el Norte de África [en].
14GV: Você tem algum elo/conexão com países de língua francesa na África?GV: ¿Tienes alguna relación/contacto con los países francófonos de África?
15MK: Mantenho conexões pessoais e transações comerciais por meio da Internet, sim, mas ainda tenho que viajar a um país francófono da África.MK: Sí, tengo relaciones comerciales a través de internet, pero todavía no he viajado a un país africano de habla francesa.
16Estou tentando obter dados de países francófonos, assim como lusófonos, mas não porque pertençam à esfera de países não-falantes de inglês (nota do editor: A noção de esferas estabelecidas com base na língua parece não ter importância para Mark).Estoy intentando conseguir contribuciones de países tanto francófonos como lusófonos, pero no por el hecho de que no pertenezcan a un ámbito de habla no inglesa (nota del editor: la noción de ámbito lingüístico no parece demasiado trascendente para Mark).
17Para te dar um exemplo, Angola é interessante para mim enquanto país, não importa o fato que seja parte da esfera lusófona.Por poner un ejemplo, Angola me resulta interesante como país al margen de que forme parte del ámbito de habla portuguesa.
18GV: O mundo passou por um período durante o qual mão de obra barata era a mercadoria mais procurada.GV: Durante un periodo, la mano de obra barata constituyó el valor más buscado en todo el mundo.
19Mais recentemente, passou a ser os recursos naturais de baixo custo.Recientemente, ese lugar lo han ocupado los recursos naturales baratos.
20Em sua opinião, estaríamos agora num período no qual tecnologias de baixo custo serão as mais procuradas?Desde tu punto de vista, ¿nos encontramos inmersos en un periodo en el que las tecnologías de bajo coste se convertirán en el valor más apreciado?
21MK: A década de 1990 foi do grande crescimento da China, a década de 2010 é da Índia e a década de 2020 será da África.MK: La década de los 90 supuso el boom económico de China; la segunda década del siglo XXI ha traído consigo el desarrollo de India, mientras que la próxima década será el turno de África.
22O Ocidente costumava ir para o Oriente, agora o Oriente está vindo para a África.Occidente se estaba trasladando a Oriente, y ahora Oriente se está trasladando a África.
23O oriente possui uma estratégia inteligente.Los países orientales tienen una estrategia inteligente.
24Trouxe para a África o que aprendeu e não considera a África como uma entidade homogênea.Han exportado a África lo aprendido y no la perciben como una única entidad.
25Ao contrário, os países orientais entendem que a África é composta de 56 países.Al contrario, han comprendido que África cuenta con 56 países.
26Eles constroem a infraestrutura em troca dos recursos naturais dos quais eles, logicamente, necessitam.A cambio de la explotación de recursos naturales africanos, que, por supuesto, los orientales necesitan, estos construyen infraestructuras.
27A tecnologia aparece como último item na agenda deles.La tecnología figura en el último lugar de su agenda.
28GV: Tem sido dito que os problemas reais da África são o transporte e o sistema bancário.GV: Se dice que los verdaderos problemas de África son el transporte y los sistemas bancarios.
29Qual a sua opinião?¿Qué opinas?
30MK: Esses problemas de fato existem, mas não são os únicos.MK: Esos problemas claro que existen, pero no son los únicos.
31Os desafios africanos são a infraestrutura e o clima econômico para fazer negócios, mas nós, enquanto africanos, estamos no processo de solucioná-los; e, como observou um economista proeminente do Banco Mundial, a razão dívida-PIB do Quênia chega a aproximadamente 45%, o que poderia causar inveja a muitos países europeus!Los retos para África son las infraestructuras y el clima económico para hacer negocios, pero nosotros, como africanos, estamos tratando de resolverlos; y como señalaba un importante economista del Banco Mundial, la tasa de deuda en relación al PBI [en] es del 45 %, ¡algo que envidiarían muchos países europeos!
32O tamanho real da África - um infográfico apresentado por Mark na conferência (CC License.El tamaño real de África, una infografía presentada por Mark en la conferencia (Licencia CC.
33Sem direitos reservados, domínio público)Sin derechos reservados, dominio público)
34GV: Como, então, a passagem de poder econômico irá trabalhar a favor da África?GV: Por tanto, ¿cómo trabajará el cambio de poder económico a favor de África?
35MK: Eles sabem que a África competirá com eles.MK: Saben que África les hará competencia.
36As vantagens competitivas da China - economias de escala, baixos custos - irão encolher e podem até mesmo desaparecer nos próximos 10 ou 20 anos à medida que se amplie suas classes médias, o aumento dos salários e do consumo.Las ventajas económicas de China (la escala de su economía y los bajos costes) van a contraerse, y pueden incluso anularse en los próximos 10 o 20 años, junto con el desarrollo de las clases medias allí y el alza de los salarios y el consumo.
37As vantagens de baixo custo da China irão, provavelmente, transferir-se para a África.Probablemente entonces las ventajas de los bajos costes de China se desplacen a África.
38Uma vez que a infraestrutura esteja parelha, a África terá condições de competir com os países do Oriente - desde que as lideranças políticas cumpram sua parte do trato.Una vez que las infraestructuras sean adecuadas, África será capaz de competir con Oriente, siempre que los líderes políticos se atengan a lo acordado. En la conferencia re:publica de 2012.
39GV: No que diz respeito aos avanços africanos em tecnologia, que ocorreram após o amplamente conhecido Ushaidi, você mencionou os seguintes em sua palestra - SwiftRiver, CrowdMap, Kopo Kopo, iCow, M-Pedigree, MXIT.Foto de Suzanne Lehn GV: Respecto a innovacioness tecnológicas africanas producido tras el bien conocido Ushahidi, en la conferencia mencionaste además los siguientes: SwiftRiver [en], CrowdMap, Kopo Kopo [en], iCow [en], M-Pedigree [en], MXIT [en].
40No entanto, estes operam, em sua maioria, em celulares.Sin embargo, estos operan sobre todo en móviles.
41Estaria a tecnologia na África sendo tratada de forma sensacionalista?¿Se puede decir que la tecnología en África está sobrevalorada?
42MK: O que ocorre agora é que, pela primeira vez, a África tem uma forma de influenciar o mundo.MK: Lo que tenemos ahora por primera vez es que África tenga un poder de influencia sobre el mundo.
43Com o aval da liderança política, a tecnologia está recebendo atenção séria.Con la política a favor, está habiendo un profundo interés por la tecnología.
44Além disto, o governo queniano reconhece que, ao divulgar seus dados, o resultado a ser alcançado será de maior responsabilidade e liderança, e que isto é bom para seu legado político.Es más, el gobierno de Kenia es consciente de que abrir sus datos supondrá una transparencia y un liderazgo mejores. Y esto es bueno para su legado político.
45Não nego que haja sensacionalismo, mas é sensacionalismo bom e eu prefiro isto à visão unilateral da África que imperava anteriormente Na Conferência re:publica 2012.No voy a negar que existe una sobrevaloración, pero es una sobrevaloración positiva y prefiero esto a la antigua visión parcial que se tenía de África.
46Foto por Suzanne Lehn GV: Um fato significativo para concluir?GV: ¿Algún dato significativo como conclusión?
47MK: Toda a África Oriental iniciou o aprendizado de chinês - não do inglês para o chinês, mas do swahili para o chinês.MK: Todo el este de África empezó a estudiar chino, partiendo del swahili y no del inglés.
48A entrevista foi realizada pela autora do Global Voices, Suzanne Lehn.Esta entrevista fue realizada por la autora de Global voices Suzanne Lehn [en].
49As fotos de Mark Kaigwa usadas neste post foram tiradas pela autora.Las fotos de Mark Kaigwa usadas en este post fueron tomadas por ella.