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1Côte d'Ivoire: The Quest for Normalcy and the Colonial ConundrumCosta do Marfim: a Busca por Normalidade e o Impasse Colonial
2This post is part of our special coverage Côte d'Ivoire Unrest 2011.
3Citizens calling for PeaceCidadãos a pedir Paz
4On January 4th, while ECOWAS emissaries were leaving Côte d'Ivoire after negociations with the two alleged presidents, Gbagbo's Security and Defense Forces (FDS) attacked Ouattara's party headquarters in Abidjan.No dia 4 de janeiro, enquanto os enviados da ECOWAS (sigla em inglês da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental) deixavam a Costa do Marfim após negociações com os dois supostos presidentes, as Forças de Defesa e Segurança (FDS) de Gbagbo atacaram a sede do paartido de Ouattara, em Abidjan.
5A particuarly disturbing video posted on Youtube shows those forces handling with the corpse of a dead man.Um vídeo particularmente perturbador publicado no Youtube mostra esse grupo lidando com os corpos dos homens mortos.
6Nevertheless, as they usually do for any other year, people in Côte d'Ivoire wanted to celebrate the new year in spite of the crisis.Todavia, como fazem para qualquer outro ano, a população da Costa do Marfim quis celebrar o Ano Novo, apesar da crise [en].
7As explained by Suy Kahofi in an article on the ivorian website avenue225, women set themselves ready for New year's eve :Como explicou Suy Kahofi em artigo [fr] no website marfinense avenue225, mulheres se prepararam para a véspera de Ano Novo:
8“Hairdressing and other beauty salons hosted people until midnight or even 1am.”“Os cabeleireiros e outros salões de beleza receberam pessoas até a meia-noite ou mesmo uma hora da manhã.”
9Another article explains that a few decided to enter year 2011 by praying and meditating :Outro artigo [fr] fala que alguns decidiram entrar no ano de 2011 a rezar e meditar:
10“On the one hand you have those (christian or not) who devoted the end of the year for prayers and meditation.”“Por um lado, existem aqueles (cristãos ou não) que consagram o fim do ano à prece, à meditação.”
11While most of the world would wish for success, love, and happiness in 2011, Ivory Coast citizens' main wish was a return to peace.Enquanto a maior parte do mundo pediria por sucesso, amor e felicidade em 2011, o desejo principal dos cidadãos marfinenses foi de um retorno à paz.
12Following the brainstorming organised by blogger Diaby Mohamed on December 20th 2010, a peace operation was launched under the name of “Operation Candlelight and white symbol for peace“; The same peace activists also managed to obtain a statement by famous Didier Drogba, and the Côte d'Ivoire national football team, who called for the respect of peace.Após um “brainstorming” organizado pelo blogueiro Diaby Mohamed em 20 de dezembro de 2010, uma operação de paz foi lançada sob o nome “Operation Candlelight and white symbol for peace” (em português, Operação Luz de Velas e símbolo branco de paz); os mesmos ativistas de paz também conseguiram obter uma declaração do famoso Didier Drogba e da seleção nacional de futebol, que clamaram por respeito à paz [en].
13This call for peace was shared throughout the country, and contrasted with the narrative usually found in traditional media on the situation in Côte d'Ivoire, a country often said said to be on the brink of war.Esse pedido de paz foi espalhado por todo o país e contrastou com a narrativa geralmente encontrada na mídia sobre a situação da Costa do Marfim, um país que se diz com frequência estar à beira da guerra [en].
14The French colonial conondrumO impasse colonial francês
15The post electoral dispute between two candidates to a presidential ballot has been transformed in a symbol of the struggle of francophone Africa against the international community interference.A disputa pós-eleitoral entre os dois candidatos à presidência foi transformada num símbolo da luta da África francófona contra a interferência da comunidade internacional.
16Particularly, following the rhetoric of Laurent Gbagbo's partisans, some consider that what is going on in Côte d'Ivoire is the proof of yet another attempt of “Françafrique”, i. e the now infamous lobbying network between France and Africa, to do and undo heads of States on the African continent.Particularmente, de acordo com a retórica dos partidários de Laurent Gbagbo, alguns consideram que a situação atual na Costa do Marfim é prova de mais uma tentativa de “Françáfrica”; como exemplo, a atualmente infame rede de lobby entre França e África, a por e a derrubar chefes de Estado no continente africano.
17Such position raised multiple debates among the francophone african community, making the problem in Côte d'Ivoire a cause for the whole french-speaking African region.Tal posição suscitou variados debates na comunidade africana francófona, fazendo do problema na Costa do Marfim uma causa para toda a região francófona da África.
18On Laurent Gbagbo's facebook page, which gathers a bit more than 22,000 fans, an article, called “Françafrique… the racket goes on” and written after the broadcasting on French National TV of a documentary called Françafrique, denounces the attempt of the western world, and precisely France, to impose Ouattara as a president.Na página de Laurent Gbagbo no Facebook, que congrega um pouco mais de 22,000 fãs, um artigo [fr] intitulado “Françafrique… le racket continue” (em português, Françáfrica… a extorsão continua) e escrito depois da transmissão do documentário “Françafrique” em rede nacional francesa, denuncia a tentativa do mundo ocidental, e especificamente a França, de impor Ouattara como presidente.
19“Until refutation, Côte d'Ivoire isn't under the supervision of France and UN.“Até que se prove o contrário, a Costa do Marfim não está sob tutela conjunta da ONU e da França.
20Why do those two predators, especially France, want to impose Ouattara at the presidency instead of elected president Laurent Gbagbo?”Por que esses dois predadores, especialmente a França, querem impor Ouattara na presidência ao invés do presidente eleito Laurent Gbagbo?”
21The article raised 180 comments which show the radical opposition among africans.O artigo atraiu 180 comentários que demonstram a radical oposição entre africanos.
22One user says :Um usuário diz:
23“Thomas Sankara (assassinated former president of Burkina Faso) used to say: “Down with lazy people, down with corrupted persons and so on…” We say: Down with neocolonialism, down with Sarkozy government, down with UN accomplices, down with the ennemies of Africa, down with marionnette African leaders, down with……”“Thomas Sankara (presidente da Burkina Faso assassinado) costumava dizer: “Abaixo os preguiçosos, abaixo os corrompidos…etc…abaixo.” Nós dizemos: abaixo o neocolonialismo, abaixo o governo Sarkozy, abaixo os cúmplices da ONU; abaixo os inimigos da África, abaixo os dirigentes africanos de marionete…, abaixo…”
24Victoir Seyram Komla Agbogbo on the same article thinks the opposite :Victoir Seyram Komla Agbogbo, no mesmo artigo, pensa o oposto:
25“No I refuse Gbagbo's speech.“Não, eu repudio o discurso de Gbagbo.
26Getting out of the colonial yoke doesn't mean confiscate the power.”Sair do jugo colonial não significa confiscar o poder.”
27Beyond Ivorian borders, demonstrations are organised throughout Africa.Para além das fronteiras marfinenses, manifestações são organizadas por toda a África.
28In Cameroon for instance, 3 opposition parties and members of the civil society called for a pro Gbagbo march in Douala and Yaoundé on December 23rd.Nos Camarões, por exemplo, 3 partidos de oposição e membros da sociedade civil convocaram uma marcha [en] pró-Gbagbo em Douala e em Yaoundé no dia 23 de dezembro.
29The demonstration was scattered by police forces, and 3 persons were wounded.A demonstração foi desfeita por forças policiais, que deixaram 3 pessoas feridas.
30According to Flora Boffy, a french blogger who lives in Cameroon, citizens in the country consider Côte d'Ivoire as an example for the upcoming presidential ballot that will be held in October or November 2011 (date to be confirmed by the electoral commission).Segundo Flora Boffy, uma blogueira francesa que vive nos Camarões, cidadãos no país consideram a Costa do Marfim como um exemplo para as próximas eleições presidenciais de Outubro ou Novembro de 2011 (data a ser confirmada pela comissão eleitoral).
31A special coverage of ivorian events is organised by local media.Uma cobertura [fr] especial de eventos marfinenses está sendo organizada pela mídia local.
32“Events in Côte d'Ivoire lead cameroonian citizens to conjecture and transpositions : Cameroon - Côte d'Ivoire, same struggle?“Acontecimentos na Costa do Marfim engajam os cidadãos camaroneses em conjecturas e transposições: Camarões - Costa do Marfim, o mesmo combate?
33As Cameroon is preparing 2011 presidential elections, there is a strong identification.”Como os Camarões se preparam para as eleições presidenciais de 2011, a identificação é forte.”
34African intellectuals also take part in the debate, and the contrast between their positions is as sharp as it is among citizens.Intelectuais africanos também participam do debate, e o contraste entre suas posições é tão marcante quanto entre os cidadãos.
35Pro Gbagbo Intellectuals launched a manifesto against military intervention in Côte d'Ivoire and international interference.Intelectuais pró-Gbagbo lançaram um manifesto [en] contra a intervenção militar na Costa do Marfim e a interferência internacional.
36Among First signatories: Calixthe Beyala, famous cameroonian writer with french citizenship and Theophile Kouamouo, former Global Voices Online author and journalist in abidjan.Entre os primeiros signatários estão Calixthe Beyala, famoso escritor camaronês com cidadania francesa, e Theophile Kouamouo, um antigo autor do Global Voices Online e jornalista em Abidjan.
37Venance Konan, Ivorian writer, journalist and blogger, published a satirical tract “Dear Françafrique” (France in Africa) where he makes a parallele between witchcraft accusations in Africa and the alleged Western plot.Venance Konan, escritor, jornalista e blogueiro marfinense, publicou o texto satírico “Dear Françafrique” (em português, Prezada Françáfrica), no qual faz um paralelo entre acusações de bruxaria em África e a suposta conspiração ocidental.
38“To accuse France, is like accusing a witch when a drunk man dies while driving his car.”“Procurar os piolhos nos cabelos da França é procurar acusar um feiticeiro da morte de um homem embriagado ao volante de um carro.”
39No to Franc CFA currency!Não ao Franco CFA como moeda!
40Monnaie Ivoirienne de Résistance (Ivorian Resistance Currency)Monnaie Ivoirienne de Résistance (Ivorian Resistance Currency)
41In accordance with their opposition to neocolonialism, Laurent Gbagbo and his partisans are now calling for the creation of an Ivorian currency.Seguindo sua oposição ao neocolonialismo, Laurent Gbagbo e seus partidários agora convocam para a criação de uma moeda marfinense [fr].
42It would consist in leaving the Franc CFA zone in order to ensure the full independance of the country.Isso consistiria em abandonar a zona do Franco CFA para garantir uma independência completa do país.
43The Franc CFA is considered as a pure product of the Françafrique, therefore such suggestion meets the support of many africans.O Franco CFA é considerado um produto genuíno da Françáfrica, portanto essa sugestão tem o apoio de muitos africanos.
44Nash Kpokou, economist of Gbagbo's camp, explains the advantages of a local currency in an article published in Le Temps Newspaper :Nash Kpokou, economista de Gbagbo, explica as vantagens de uma moeda local num artigo publicado no jornal Le Temps:
45“No to Franc CFA and to a government elected by France.“Não ao Franco CFA e ao governo eleito pela França.
46Yes to an honest and national currency, issued without debts.”Sim à moeda honesta e nacional, emitida sem dívidas.”
47According to the local newspaper Le Patriote, Gbagbo sent his economic advisers to Venezuela in order to get advice on how to create a national currency, following the model of the “Bolivar Fuerte” launched in 2008 by Hugo Chavez.De acordo com o jornal local Le Patriote [fr], Gbagbo enviou seus conselheiros de Economia à Venezuela para obter instruções sobre como criar uma moeda nacional, seguindo o modelo do “Bolivar Fuerte”, lançado em 2008 por Hugo Chávez.